qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Colômbia| Carta aberta às organizações sindicais, sociais e políticas: É necessário derrotar a política criminosa deste governo

O início do ano, longe de trazer alívio à trágica situação da classe trabalhadora, agrava o panorama com mais de 60 mil mortos em decorrência da pandemia do coronavírus, do aumento considerável do desemprego e das demissões, do fechamento de empresas e a violação dos direitos trabalhistas, o aumento dos assassinatos de lutadores sociais, sem que o governo de Iván Duque levante um dedo para deter este massacre, do aumento de casos de corrupção em que não param de roubar dos cofres do Estado até os mínimos recursos que deveriam proteger a vida e a saúde da população. Enquanto isso, esse governo criminoso continua com sua política de fazer felizes os donos do capital financeiro e os grandes empresários, que viram suas fortunas aumentarem, enquanto a única coisa que aumentou para os milhões de trabalhadores e pobres do país foi a miséria. Como se as coisas não fossem ruins o suficiente, o governo agora está anunciando uma terceira reforma tributária que visa aumentar ainda mais os impostos sobre os setores mais pobres enquanto diminui para os ricos.

Declaração do Comitê Executivo do PST Colômbia

O Governo se recusou a resolver os problemas mínimos levantados na pauta de reivindicações nacional e para culminar enquanto os trabalhadores da saúde continuam morrendo, o governo continua insistindo em fazer uma reforma que fortaleça os negócios dos mercadores da saúde.

A violência e expropriação, massacres, assassinatos e assédio constante a comunidades não param em Cauca, Catatumbo e na região do Pacífico, enquanto a resposta do Governo é maior militarização e negação dos números reais da tragédia. Nas cidades, a repressão à juventude, aos trabalhadores informais e os despejos de comunidades vulneráveis, agravam a situação já dramática das massas empobrecidas, que mal resistem aos rigores dos fechamentos e quarentenas sem garantias.

Enquanto isso, de todos os lados nos prometem um futuro melhor que supostamente será construído pelo voto em 2022, mas a realidade é que sob o mesmo sistema será difícil que inclusive as promessas mais radicais sejam cumpridas, e que as pessoas aguentem mais o adiamento de suas necessidades mais profundas. A pauta de reivindicações de 104 pontos foi abandonada em lugar de um plano de emergência, necessário, mas insuficiente, que também foi esquecido por trás de novas promessas.

Depois da grande greve nacional em 21 de novembro de 2019, os trabalhadores e os pobres não paramos de lutar, mas sim deixamos de fazê-lo de forma organizada e unificada. O Partido Socialista dos Trabalhadores faz um chamado à unidade dos trabalhadores do campo e da cidade, à juventude, aos indígenas e aos estudantes, às comunidades negras e demais setores oprimidos para se unirem em um plano de luta que nos permita derrotar esse governo criminoso. Nesse sentido, é necessário que a partir das centrais operárias, organizações populares e partidos que dizem defender os trabalhadores e os pobres, seja convocado um novo ENCONTRO NACIONAL DEMOCRÁTICO E UNITÁRIO, para organizar a resistência e a luta para derrotar esse governo criminoso. .

Por isso, nos unimos aos que já disseram que é necessário organizar unitariamente esse encontro, onde participem todos os setores dos trabalhadores e os pobres, não é preciso um evento de setores que se proclame de todos, mas que realmente aglutine. Que seja encabeçado pelos setores em luta, que vote a necessidade de realizar uma verdadeira paralisação da produção que não finalize até que sejam atendidas as necessidades mais sentidas dos trabalhadores: a vacinação gratuita para toda a população, renda básica mensal de emergência , o salário que cubra a cesta familiar, e a cessação imediata do pagamento da fraudulenta dívida externa, que enche o bolso dos agiotas do capital financeiro internacional enquanto o povo passa fome.

Abaixo o governo criminoso de Duque!

Vacinas já para todos e todas!

NÃO pagar a dívida externa para que os ricos paguem a crise!

Tradução: Tae Amaru

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