qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

Chile | Rechaçamos a acusação dos Carabineiros contra nossa companheira! Toda solidariedade com María Rivera!

Ficamos sabendo na semana passada, por meio das redes sociais, de uma acusação que seria apresentada pelos Carabineiros (polícia do Chile) contra nossa companheira María Rivera, advogada de direitos humanos que hoje desempenha um papel fundamental na defesa dos presos por lutar, através da Defensoria Popular.

Por: MIT Chile

Denúncia no Twitter dos Carabineiros 

A denúncia dos Carabineiros foi pelo crime de “sedição imprópria” e teria sido registrada no Ministério Público Centro Norte, porque Maria, como dirigente nacional do MIT, faz um chamado a que os funcionários das forças repressivas, especialmente aqueles que vêm de famílias trabalhadoras, parem de reprimir seu povo e se juntem a eles nessa luta. É um chamado aberto a parar a repressão, em busca da defesa dos trabalhadores contra os ataques da classe patronal e das elites políticas representadas por Piñera. Contra a repressão que recentemente assassinou Neco e no momento é responsável por ferir um jovem, de 24 anos, que está em estado grave, do município de Padre Hurtado.
A essa denúncia dos Carabineiros contra María, se soma uma série de ameaças de morte que ela tem recebido desde 18 de outubro: “passeios de helicóptero”[1], insultos e telefonemas avisando que está sendo perseguida. Diante desse fato gravíssimo, foi apresentada uma queixa por essas ameaças e o Ministério Público propôs “proteção” à nossa companheira com um carabineiro de Ponto Fixo (plantão). Obviamente, nem ela e nem o conjunto do MIT aceitou essa proposta, devido ao questionamento diário dessa instituição.
Embora a denúncia tenha sido feita por Carabineiros, sob o comando de Mario Rozas, sabemos que o principal responsável político é  Sebastián Piñera, que aprofundou conscientemente a repressão e perseguição contra os que lutam. Se Piñera fosse a favor da defesa do povo trabalhador como diz ser, deveria deter essa denúncia e parar a repressão, mas não o fará, porque é ele quem prende, tortura e até assassina os que protestam, enquanto lidera um “Processo Constituinte” supostamente democrático.
Mas que garantias de democracia existe sem verdadeira liberdade de expressão, se hoje uma lutadora é acusada só por chamar a que parem a repressão, em defesa daqueles que protestam? Que garantias de democracia existe se continuam nos assassinando? Por isso, exigimos não apenas a saída de Rozas, mas também de Piñera e todos os responsáveis ​​por essa perseguição contra Maria e nosso povo trabalhador.
Nesse momento, pedimos solidariedade a Maria e a todos os perseguidos por esta Revolução. Chamamos as organizações de moradores, assembleias territoriais, sindicatos, organizações estudantis e de direitos humanos, do Chile e do mundo, a se somarem a essa defesa enviando vídeos e mensagens de apoio. Que em cada mobilização seja feita a exigência do fim da perseguição política a Maria e a todos os lutadores, pela liberdade dos presos por lutar, pelo julgamento e punição dos violadores dos direitos humanos.
A revolução chilena mostrou que nem a repressão criminal nem as ameaças ou denúncias vão nos impedir; porque lutamos não por 30 pesos, mas por 30 anos; por recuperar tudo o que os de cima, os empresários e seus governos nos roubaram.
[1] Em referência a que:  A polícia secreta da ditadura de Augusto Pinochet jogou no mar entre 1974 e 1978 os corpos de 400 presos políticos que atualmente estão incluídos na lista de detidos desaparecidos, publica hoje o jornal chileno La Nación. Os cadáveres foram jogados de helicópteros Puma por agentes da Dina, a polícia secreta, e por pilotos do Comando de Aviação do Exército nos chamados “vôos da morte”… Ler mais em https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina/policia-de-pinochet-jogou-400-corpos-no-mar,d269710569e72b1bf65925913ffdb679qy5wfej6.html
Tradução: Lena Souza

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