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Abaixo a Monarquia corrupta e parasitária!

Todas as tentativas de ocultar os acontecimentos foram inúteis e finalmente o genro do rei, Iñaki Urdangarín, foi apanhado com “a boca na botija” e imputado por um presumível desvio de fundos.
 
Não é uma exceção, é a norma…
 
Todas as tentativas de ocultar os acontecimentos foram inúteis e, finalmente, o genro do rei, Iñaki Urdangarín foi apanhado com “a boca na botija” e imputado por um presumível desvio de fundos.
 
Ainda que a Casa Real faça todas as tentativas possíveis para se distanciar, é sabido que o próprio rei conhecia os “negócios” de sua filha e de seu genro desde meados de 2007. Como informa o diário El País “o advogado, José Manuel Romero Monero – próximo do Rei – foi enviado, em 2007, a Barcelona para falar com Urdangarín, para conseguir o término de suas atividades societárias no Instituto Noos” e acrescente que o dito advogado lhe propôs “o abandono do Instituto e lhe recomendava que procurasse um trabalho fora de Espanha”. Para isso, a Telefônica o promoveu a conselheiro e presidente da Comissão para os Assuntos Públicos da Telefônica Latino-americana e EUA, o que requereria residir em Washington. O mesmo fez a Caixa com a Infanta Cristina. Assim, Urdangarín e toda sua família se mudaram para Washington e, por sua vez, se declarou o segredo de sumário[1] sobre sua implicação.
 
Mas todas estas manobras não foram suficientes para esconder um escândalo que ronda os 8,8 milhões de euros de fundos assinados a favor da Fundação “sem fins lucrativos” Noos, movimentados a partir dela às lucrativas empresas que Urdangarín dirigia.
 
Descoberta a fraude, tentam por todos os meios desvincular Urdangarín da Casa Real para impedir que a monarquia se veja salpicada pelo escândalo. Mas, à medida que se aprofunda a investigação, são cada vez mais as empresas, governos, associações desportivas e políticos implicados, como o Governo Balear, a Generalitat e o Conselho Municipal Valenciano, Motorpress Ibérica, Volkswagen – Audi Espanha, Telefônica, SGAE, BBVA, Repsol – YPF ou Meliá, só para mencionar alguns exemplos de uma longa lista à qual se devem somar cerca de 81 empresas que realizaram pagamentos menores.
 
Segundo a revista Forbes, a fortuna do Rei ascende a 1,8 bilhões de euros e se calcula que tanto ele como sua família tenham depositado 36 milhões de euros em bancos suíços para “se as coisas se complicarem no Estado”. E para que tudo fique seguro, e bem seguro, não se pode investigar nada, nem ajuizar o Rei porque o artigo 56 da Constituição estabelece que “a pessoa do Rei é inviolável e não está sujeita a responsabilidades”
 
O caso Urdangarín coloca uma vez mais sobre a mesa a urgência de acabar com esta instituição herdada do franquismo. Uma instituição que ninguém elegeu e que foi imposta pela transição com a cumplicidade do Partido Comunista. Não existe nenhuma justificativa para que esta instituição parasitária e corrupta se mantenha nem mais um dia. Os trabalhadores e o povo, o qual nunca se consultou a respeito, são quem deve decidir se quer a Monarquia ou a República, através de referendo.
 
Fonte: Página Roja no. 09, Janeiro de 2012
 
Tradução: Rui Magalhães



[1] Sumário – Conjunto de atuações encaminhadas a preparar o julgamento criminoso, fazendo constar a perpetração dos delitos com as circunstâncias que possam influir em sua qualificação, determinar a culpabilidade e prevenir o castigo dos réus.

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