sex abr 19, 2024
sexta-feira, abril 19, 2024

8M| Com pandemia ou sem ela, há muito pelo que lutar!

Apesar da pandemia e da sua gestão repressiva por parte do governo, que nestes dois anos agiu como ditado pela UE para defender os interesses dos bancos e da patronal e não da vida, nós trabalhadores estávamos na linha da frente nos nossos bairros, na rua ou nos locais de trabalho. Para exigir a melhoria dos serviços públicos e a estabilidade no emprego para quem neles trabalha. Colocando o corpo para frear os despejos e exigir o direito à moradia digna. Enfrentando as agressões sexuais. Organizando a solidariedade para enfrentar a pobreza que o IMV (Renda Mínima Mensal) não eliminou. Na defesa de nossa classe contra os ataques da extrema direita… e em muitas outras lutas!

Por: Corriente Roja

Este ano, o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, é comemorado logo após a sexta onda de uma pandemia que persiste, devido à negligência dos governos e sua recusa em liberalizar patentes. E com uma nova Reforma Trabalhista, que a ministra do trabalho está vendendo como uma conquista histórica, mas que sabemos que vai perpetuar nossa precariedade.

Este 8M voltamos às ruas…

Para denunciar o engano de Yolanda Díaz e exigir a revogação desta e de todas as reformas trabalhistas. Também a ERE (Expediente de Regulamentação do Emprego) na Administração Pública, que vai enviar para o desemprego milhares de funcionárias públicas em situação de trabalho temporário que estiveram na linha da frente contra o Covid. Chega de desemprego, pobreza e disparidade salarial!

Para denunciar a violência institucional e exigir deste governo orçamento para a Lei do Só SIM é SIM, combater as violências machistas, racistas e LGBTFóbicas e a aprovação JÁ de uma Lei trans integral. Rejeitamos o feminismo transexcludente. O que divide as mulheres é a classe social, não sua identidade de gênero ou orientação sexual! Rechaçamos a prostituição e o aluguel de úteros que são violência contra as mulheres.

Também vamos às ruas para comemorar a vitória das mulheres e meninas colombianas que conquistaram o aborto legal. Mas continuamos a exigir sua descriminalização, aqui e em todo o mundo, e que seja livre e gratuito para todas na saúde pública.

E, evidente, sairemos para denunciar e combater o discurso de ódio, racista, machista, populista e demagogo da direita e da extrema direita. Se eles avançaram eleitoralmente e a extrema-direita está hoje fortalecida, é por causa desse governo e de suas políticas, de suas medidas insuficientes, de suas promessas não cumpridas e de suas hesitações. Como já dissemos tantas vezes, não é com discursos nem em poltronas que se combate a direita!

Diante de uma greve de cuidados ou trabalhista/estudantil, somente de mulheres e decretada por uma minoria, reivindicamos a organização de toda a classe trabalhadora para construir a partir de baixo um dia nacional de luta, com as mulheres na vanguarda e greves, onde se decida. Resignificar e banalizar a greve serve apenas para anulá-la, como ferramenta de luta!

A pandemia mostrou que não haverá igualdade sem enfrentar o capitalismo, que se baseia na exploração, na violência, na desigualdade e nas diferentes formas de opressão. A partir de Corriente Roja, reafirmamos nossa posição de combater todas as opressões a partir de um programa e estratégia revolucionária, para unir a classe e organizá-la para jogar esse sistema ultrapassado em crise permanente na lata de lixo da história. E, em suas ruínas, construir uma sociedade socialista, oposta pelo vértice ao que o stalinismo fez.

Viva a luta das trabalhadoras!

Por um 8M de classe e combativo!

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