Lutas operárias na Galícia e no País Basco

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Reproduzimos as informações publicadas no site kaosenlared sobre a greve geral no sul do País Basco (21 de maio) e as lutas travadas pelos metalúrgicos de Vigo na Galícia (os últimos artigos foram traduzidos do galego).


 


Nova jornada de mobilizações operárias em Vigo: na segunda-feira reabre-se a negociação


 


Milhares de trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos do sul da Galícia voltaram a sair às ruas para reivindicar um convênio justo e denunciar a violência policial de ontem na cidade de Vigo.


 


A paralisação de ontem prolongou-se desde as 10 da manhã até as 2 da tarde, após dois dias de greve nesta semana e dois na passada. Desta vez, milhares de operários, vestidos com os uniformes dos estaleiros, denunciaram a violência policial e a criminalização na mídia de que estão sendo alvo por lutar por seus direitos.


 


A marcha sobre a cidade de Vigo foi precedida por assembléias nas fábricas, incluindo bloqueios no trânsito no centro. Representantes sindicais criticaram especialmente a atitude da Administração autônoma que, em lugar de exercer um papel de intermediação, se colocou ao lado dos patrões, ao criticar as legítimas medidas de pressão adotadas pelos trabalhadores nos últimos dias.


 


Finalmente, ao longo da tarde soubemos que a Junta, através do diretor geral de Relações Trabalhistas, Odilio Martinhá, forçará uma reunião entre representantes dos operários e dos empresários na próxima segunda-feira, para evitar uma nova onda mobilizações. A reunião está prevista para as 17h30 na delegacia da Junta em Vigo.


 


Enquanto isso, o porta-voz da patronal no conflito, Javier Martínez, declarava a alguns meios de comunicação que um setor dos empresários estava pensando em um lock-out em resposta à greve operária e, inclusive, a retirada de qualquer compromisso para a renovação do convênio, como uma tentativa de desativar a luta. No entanto, aceitou assistir à reunião da segunda-feira com os representantes dos três principais sindicatos do setor: CIG, UGT e CCOO.


 


Termina a batalha campal em Vigo, e começa a assembléia dos trabalhadores


 


Após tomar a cidade, as primeiras horas da manhã, bloqueando os principais acessos, e os pontos estratégicos de sua rede viária, os metalúrgicos viram-se obrigados a reagrupar-se na zona de Costa, face à ação da polícia espanhola. Começaram pela manhã, e fizeram com que os operários, que estavam espalhados por toda a cidade, recuassem aos estaleiros de Barreras e Vulcano, para reorganizar o movimento.


 


Por volta das 13h00, a Avenida da Costa estava fechada com diversas barricadas, feitas por contêiner de lixo e outros objetos de obras, queimando, e os operários se entrincheiraram em Barreras, lançando pedras e parafusos, enfrentando aos furgões de anti-distúrbio, que atiravam bolas de borracha e balas de fumaça sobre os manifestantes.


 


Às 13h45 a polícia se retirou, e às 14h começou uma assembléia geral de trabalhadores, no estaleiro de Barreras, que continua até agora, com a participação de sindicalistas da CIG, UGT e CCOO. Na semana que vem poderemos reiniciar a greve, dado que um acordo entre os trabalhadores e patronal está muito distante e o conflito é cada vez mais acirrado. O que se decida, será conhecido ao final desta assembléia. Não se tem conhecimento de feridos, pelo menos do lado dos operários.


 


Nesta quarta jornada de greves, repetiram-se, em Vigo, episódios de confrontos entre os metalúrgicos e os agentes já vividos em outras ocasiões. A população foi à principal prejudicada nesta jornada de greve dos metalúrgicos e, segundo disseram os sindicalistas, assim continuará se a patronal continuar se negando a negociar.


 


O convênio em disputa afeta mais de 27 mil trabalhadores e trabalhadoras da província de Pontevedra, e é a norma trabalhista em mais de 2.500 empresas.


 


Sucesso da greve geral de 21 de maio no sul de Euskal Herria e agradecimento


 


Estimados companheiros(as):


 


Escrevo estas linhas para dizer-lhes que a Greve Geral de ontem no Sul de Euskal Herria foi um sucesso. Apesar do boicote por parte de CCOO e UGT e dos distintos setores patronais, apesar da desinformação dos grandes meios de (in)comunicação, apesar de tudo isso, os dados são eloquentes:


 


*Mais de 53% das empresas pararam completamente;


 


*Mais de 30% do quadro de pessoal parou em 74% das empresas;


 


* Ao meio dia ocorreram manifestações massivas nas capitais do Sul do país Basco: 15.000 pessoas em Bilbao, 10.000 em San Sebastián (Donostia, em euskera) e Pamplona (Iruñea) e mais de 8.000 pessoas em Vitoria (Gasteiz).


 


A classe trabalhadora basca, mulheres e homens, saíram às ruas para denunciar a crise capitalista, e para deixar claro que eles não estão dispostos a pagar pela crise gerada pelos grandes capitalistas e banqueiros, e as políticas dos governos de direita.


 


Vide informação mais completa no site: www.gara.net (em especial nos «argazkiak» e «printed edition» ou edição impressa»).


 


Idem o site do sindicato LAB: www.labsindikatua.org


 


Queremos aproveitar, uma vez mais para reiterar nosso agradecimento às organizações sindicais que nos mandaram e expressaram sua solidariedade. A todos obrigado por seus esforços.


 


Muito obrigado.


 


ü       A solidariedade é a ternura dos Povos!


 


ü       Viva a unidade da classe operária!


 


Igor Urrutikoetxea (Secretário de Relações Internacionais, em nome do conjunto da militância do sindicato LAB).

Espanha: grande triunfo democrático de II-SP

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Na semana passada, o Tribunal Constitucional da Espanha (máxima instância jurídica do país) reverteu à sentença do Tribunal Supremo de proibir a participação da candidatura Iniciativa Internacionalista – A solidariedade entre os povos (II-SP), às eleições ao parlamento europeu, como já tínhamos informado.

«Somos una candidatura de los trabajadores y los pueblos»

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Reproducimos a continuación el reportaje que el periódico de Corriente Roja de España realizó a Ángeles «Nines» Maestro, dirigente de esa organización y quinta candidata en las elecciones al Parlamento Europeo en las listas de Iniciativa Internacionalista – La solidaridad entre los pueblos. También las opiniones de otros candidatos.


 

Ángeles Maestro es médica y fue diputada de Izquierda Unida. En el 2004 se puso al frente del sector que rompió con IU constituyendo Corriente Roja. Es la quinta de la lista de Iniciativa Internacionalista y una de las que más ha sido criminalizada por los medios junto a Alfonso Sastre y Doris Benegas.

 

¿Después de la campaña de criminalización y el intento de ilegalización por parte del Gobierno, cómo valoras la presentación de la candidatura?

Ángeles Maestro: La criminalización ha puesto en evidencia hasta donde son capaces de llegar el Gobierno del PSOE [Partido Socialista], el PP [Partido Popular}, sus aparatos mediáticos, IU y la mayoría del Tribunal Supremo. Nos han criminalizado sin pruebas, al igual que se ha hecho con centenares de personas de la izquierda abertzale [vasca] que están en la cárcel sin que se les haya demostrado ninguna acción violenta. La resolución del Tribunal Constitucional responde a la presión popular y pone límites al delirante pacto antiterrorista.

 

¿Qué representa vuestra candidatura?

A.M.: La candidatura marca un hito histórico porque une a organizaciones y personas de las izquierdas independentistas, de la izquierda anticapitalista de ámbito estatal, del sindicalismo de clase y combativo, del movimiento feminista, de los movimientos sociales y a destacados intelectuales.

 

¿Que ideas centrales queréis transmitir?

A.M.: La candidatura se constituye en torno a un Manifiesto en el que, junto a la reivindicación de los derechos de los pueblos, contra la discriminación por razones de sexo-género y a la lucha contra la Europa del capital y la guerra, se destaca la imperiosa necesidad de unir la respuesta de clase a la crisis capitalista y el derecho de autodeterminación. Desde Corriente Roja lo resumimos diciendo: a los trabajadores empleo, a los pueblos soberanía.

 

Una pregunta obligada ¿es útil el voto a vuestra lista?

A.M.: En la vida lo que cambia las cosas, lo que permite las transformaciones sociales, es la lucha y la movilización de los trabajadores y trabajadoras, de los jóvenes y de los pueblos. Sin esa lucha ni habrá empleo digno, ni soberanía de los pueblos. Cada voto a II-SP representa un compromiso con esa lucha.

 

¿Y después del 7 de junio qué?

A.M.: La existencia de esta candidaturaha desencadenado voluntades deunidad entre colectivos y personasque necesitaban ese catalizador deesperanza, esa masa crítica.No hay posibilidad seria deenfrentar el capitalismo depredador,que muestra su carácter másbárbaro en momentos de crisis, yla naturaleza represiva del Estadosurgido de la Transición, que muestrasu incompatibilidad con las formasdemocráticas más elementales, queno vincule la construcción de sujetospolíticos que unan la lucha por lasoberanía y la libertad de los pueblos yla emancipación de la clase obrera.Eso es lo que explica el intentodesesperado de liquidar IniciativaInternacionalista y, sobre todo,la avalancha de gentes y deorganizaciones que perciben que ahorasí es posible construir un gran Frente de los trabajadores y de los pueblos.Ahora sí se puede abrir el caminopara que la respuesta obrera a la crisiscapitalista y la exigencia de solucionesdemocráticas a las reivindicacionesnacionales de los pueblos, muyespecialmente del pueblo vasco,puedan converger en una expresiónpolítica, plural y unitaria.

 

 

«Por el derecho de los pueblos a decidir por sí mismos»

Felipe Alegría (economista, activista sindical)

 

Si algo distingue a la candidatura II-SP de las demás es la firme defensa del derecho del pueblo vasco, catalán o gallego a decidir su futuro sin imposiciones, es decir, su derecho a la autodeterminación. Sin el reconocimiento de este derecho no se puede hablar de democracia. No puede haberla mientras el Estado español obligue a los pueblos a estar juntos a la fuerza. En democracia, sólo puede aceptarse una libre unión de pueblos soberanos. Una de las principales banderas de la lucha antifranquista fue la lucha por el derecho a la autodeterminación (hasta el PSOE lo tenía en su programa). Pero lo que salió del pacto de la Transición y fijó la Constitución fue todo lo contrario: «la indisoluble unidad de la Nación española, patria común e indivisible de todos los españoles», garantizada por las Fuerzas Armadas. El pacto incluyó también el reconocimiento del Rey designado por el dictador, la impunidad de los crímenes franquistas y la continuidad de los privilegios eclesiásticos, de las grandes fortunas y de las principales instituciones del Estado, que continuaron intactas, sin ninguna depuración. Por lo demás, sin luchar por el derecho a la autodeterminación jamás lograremos unir a los trabajadores de las distintas nacionalidades en la lucha común por las libertades y el socialismo.

 

 

«Por un sindicalismo Combativo y Democratico»

Guillerma Silva  (miembro del Comité de Empresa de Magneti Marelli)

 

El reciente referéndum de [la empresa automotriz] SEAT para congelar los salarios es un ejemplo de entreguismo sindical que no debería repetirse. Ahora, la patronal nos dice en todas las empresas que hay que hacer como en SEAT. ¿Qué sindicalismo es ése que colabora con la patronal y el gobierno en este indigno chantaje a los trabajadores? ¿Qué sindicalismo es el que firma, como en Sony, congelación, más horas de trabajo y más flexibilidad a cambio de la «promesa de no cerrar en dos años»? ¿A qué espera la burocracia sindical de CCOO y UGT para convocar una huelga general exigiendo un plan de rescate para los trabajadores?

Para onde vamos?

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Comemoramos um novo 1º de maio, mas este é muito diferente dos anteriores e o fizemos no marco de uma crise econômica mundial. A maior segundo os economistas, a que está provocando mais miséria à classe trabalhadora; exemplo disso são as demissões por todo o país, sendo o sul do Chile, com as fábricas de papel e a pesca do salmão, a zona mais atingida, já que somam milhares de demitidos, provocando maior miséria.


 


Na Superestrutura.


 


O Governo e a Direita estão preocupados, sabem que a CRISE econômica é longa e profunda e que a propaganda («mentem dizendo que a crise vai passar»); e os paliativos que divulgam através dos meios de comunicação têm seus dias contados.


 


Por outro lado, seus candidatos-empresários não são nem de longe pilares sólidos ou grandes líderes carismáticos que possam sustentar o modelo de maneira contínua e permanente; basta dizer que tanto Piñera [1] como Frei [2] sabem dos reveses nas suas incursões públicas, as pessoas os tem rechaçado nos lugares por onde têm passado, acusando-os de se aproveitarem da mídia (o caso mais evidente foi o de Piñera, que esteve num velório de uma menor assassinada).


 


O PC [Partida Comunista], por sua vez, sabendo que um Governo de Frente Popular pode acalmar os ânimos das massas, está empenhado na negociação das quotas parlamentares com a Concertación e barganha uma vaga na lista do Partido Humanista (PH) e da Esquerda Cristã (IC); para isso utiliza sua melhor arma: seu peso e inserção no movimento da Classe Operária. O faz através da CUT (Central Unitária dos Trabalhadores), que co-dirige junto ao PS (Partido Socialista). Conseguiram que a CUT e o Colégio de Professores [3] convocassem as mobilizações, meramente em caráter de advertência, contra a exclusão, quando poderiam ter impulsionado ações mais contundentes.


 


Nós também nos organizamos.


 


Um setor da Esquerda extra-parlamentar se reuniu em torno do Movimento pelos Trabalhadores e do Povo (MPT); o FR-IC se fez presente entendendo que a Unidade de Ação nos permitirá incidir da melhor forma na realidade nacional; e que manter nossa autonomia política, permitirá que este movimento possa se transformar em uma importante Coordenação de Lutas.


 


Na Estrutura


 


As classes estão sentindo o efeito da crise; sem dúvida que a mais atacada, como sempre diante das situações de crises, é a classe operária, e também os setores da pequena burguesia – as PYMES [4] – que saíram bastantes feridas desta conjuntura econômica, que apesar disto, tem fôlego longo. A classe média verá, em alguma medida, restringir seus salários e é possível que também percam empregos, questão que a afetará fortemente, pois a maioria está vinculada aos Colégios subvencionados e/ou às Universidades Privadas, tendo parte de seus salários comprometidos com a casa própria ou com a hipoteca de uma casa maior e, portanto, «cara».


 


Quem se salva, como sempre, é a Burguesia, que vê nas crises uma oportunidade de perpetuar a desigualdade. Obviamente, as nossas custas. Assim, então, se exacerba a contradição que diante da diminuição da demanda massiva, os preços baixam e eles galgam – graças a suas fortunas – a um melhor modo de vida. Assim, se cumpre a lógica do Capitalismo: os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres. Esta será a dinâmica de grande parte deste ano e do próximo.


 


O Movimento Operário acaba de demonstrar que não agüentará mais injustiças, como fez no último 16 de Abril; se mobilizou por todo o Chile com a convocação da CUT, e à sua cabeça esteve o setor público. Foram milhares de Arica a Ponta Areias, e os pontos mais altos desta mobilização foram Santiago, Valparaíso e Concepção. Este exemplo deve repetir-se, e para isso a Classe Operária deve organizar-se; mesmo que seja contra a burocracia que vê nestas mobilizações a oportunidade para negociar uma cota parlamentar.


 


Na infra-Estrutura


 


A Economia (forças produtivas) está em completo retrocesso. O sistema, para sair da crise recorre ao que melhor sabe fazer: a queima de capitais, o desemprego crescente, o fechamento de fábricas e a quebra das empresas. Esta situação não tem solução, pelo menos, para este ano. O Império procura atenuar a crise injetando capitais (trilhões de dólares), mesmo que isto signifique: inflação.


 


No Chile, o plano do Governo tem limites, porque as reservas da Fazenda não são eternas e vão acabar. Os prognósticos falam em dinheiro até junho-julho, que mal servirão para manter os planos miseráveis de emprego; temos que ter claro que se as exportações vêm caindo em todos os setores, a partir da primavera, nossa economia ficará muito afetada, pois não se abrirão novos postos de trabalho e o que se pensou que podia ser sazonal, a estiagem do inverno, vai ser permanente.


 


O que vem por ai?


 


Uma situação cada vez mais crítica para a classe operária e o povo pobre, uma insatisfação de promessas não cumpridas, mais dificuldades e precário nível de vida; um longo e penoso inverno, em que a classe trabalhadora deverá lutar para manter seus empregos.


 


O Governo Bachelet, como já dissemos anteriormente, procurará canalizar o descontentamento para as eleições, mas, companheiros, o povo não come votos, e não paga suas dívidas com votos.
Portanto, teremos que estar preparados para lutas mais radicalizadas. Devemos, então, organizar-nos, e lutar. É nisto, que nós da FR-IC colocaremos todos nossos esforços.


 


ü       Pão, Trabalho, Saúde e Educação;


 


ü       Que a CUT organize um calendário de lutas, e avance na preparação de uma verdadeira Greve Geral;


 


ü       Por um Chile Socialista;


 


Una-se a Força Revolucionária da Esquerda Comunista – FR-IC


 


Notas:


 


[1] Sebastião Piñera, ex candidato da coalizão de direita, derrotado por Bachelet em 2005;


 


[2] Eduardo Frei, dirigente da coalização Concertacion Democrática, atualmente no poder, indicado como candidato da coalização para as próximas eleições presidenciais;


 


[3] Colégio dos Professores – sindicato nacional dos professores, a mais poderosa organização sindical do Chile;


 


[4] PYMES – pequenas e médias empresas.

El Salvador e o triunfo do FMLN

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No mês de março, realizaram-se eleições presidenciais em El Salvador. O vitorioso foi Mauricio Funes, candidato da Frente Farabundo Martí pela Libertação Nacional (FMLN).

Diálogo con Alfonso Sastre

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«Nuevos diálogos con mi sombra»

 

En este autoreportaje, Sastre sitúa los temas centrales de su pensamiento -la solidaridad, la amistad, el papel de los intelectuales, la justicia, la utopía…- en el contexto de las recientes sentencias, primero en contra y luego a favor, de la candidatura a las elecciones al Parlamento Europeo que él encabeza. Como siempre, la sombra ayuda al maestro a ordenar sus pensamientos. A pesar de lo cercano de los disgustos y los riesgos, Sastre se concentra en la alegría por lo logrado y en los retos por lograr.

 

Sombra.- Lo veo a usted así como contento esta mañana. ¿Es porque el Tribunal Constitucional ha cancelado, o como se diga, la anulación del Tribunal Supremo de esa Candidatura Internacionalista que -usted sabrá por qué- encabeza para «ir a Europa», como suelen decir?

Sastre.- Sí, es por eso.

 

Sombra.- ¿Y es por eso por lo que acaba de poner este título a su artículo: «el despertar de una esperanza»? ¿Es que le parece que esta decisión, a tan alto nivel, conlleva ese «despertar»? ¿Tan esperanzado se ve hoy, cuando tan desesperanzado se encontraba todavía ayer?
Sastre.- No, no, no es eso exactamente, aunque también puede ser.

 

Sombra.- Entonces, explíquese, caramba.
Sastre.- Yo estoy contento porque hemos llegado a un buen puerto, y se ha reconocido en tan alta instancia nuestro derecho a tener opiniones diferentes y aún opuestas al pensamiento oficial, y me congratulo de haber estado con mis compañeros en las difíciles jornadas de nuestra batalla, con perdón, ¡Aleluia, pues, queridos compañeros (el plural es omnigenérico) Doris Benegas, Ángeles Maestro, Alicia Hermida, Jaime Losada, Carlo Frabetti, y quienes nos han acompañado y nos acompañan (muchos, amigos de toda la vida, compañeros del alma, y otros, nuevos camaradas) en lo que hemos, más bien habéis, hecho y conseguido!


Sombra.- (reflexiva) Compañeros, camaradas… ¿Qué quiere decir eso? ¿Ser de un partido?

Sastre.- (se ríe) No, aunque pueda ser… Compañero es quien comparte su pan con otra persona… Camarada, quien comparte su cama, o por lo menos, su cámara, el hogar o la casa en la que vive.

 

Sombra.- (sorprendida) Eso no se suele saber.

Sastre.- (vuelve a reír) Tampoco hace falta. Es mera etimología. Bueno, tampoco yo estoy muy seguro de que sea así. En cualquier caso, y de eso sí estoy seguro, es gente que se quiere y que, muchas veces, además se admira mutuamente. Con este artículo quiero expresar yo esta admiración, eso para empezar, y más ahora que habrá comenzado la campaña y que yo no podré estar en ella, por la situación delicada de mi salud.

 

Sombra.- ¿Y entonces? ¿Esa es su alegría? ¿No tanto la buena noticia política para ustedes como el encontrarse entre buenos amigos?

Sastre.- Tampoco, tampoco exactamente. El despertar de una esperanza lo refiero más bien al fenómeno de solidaridad que se ha producido con motivo de la existencia de nuestra candidatura y, más aún, a la gran calidad de los testimonios de esa solidaridad, cristalizada en numerosos artículos, mensajes colectivos y cartas, que han evidenciado el alto nivel intelectual en que se halla una buena parte de las gentes -intelectuales y artistas, pero también ciudadanos en general- que están en desacuerdo con cómo van las cosas en la vida social y política, referido, en esta ocasión, al tema de lo que está ocurriendo en nuestra vecindad y, en general, al fundamento teórico de la necesidad práctica de que emerja un nuevo mundo. «¡Un nuevo mundo es posible!», es, pues, un grito que no parte de unos cuantos iluminados utópicos a la vieja usanza decimonónica sino, a estas alturas, de personas estudiosas y sensibles que viven en todo el mundo, o, al menos, en muchas partes del mundo. Forman parte de este fenómeno los muchos centenares de firmantes del escrito elaborado en Venezuela por el Movimiento en Defensa de la Humanidad, en solidaridad con nuestra candidatura cuando estaba anulada y que firmaron en seguida muchas personas en América y en Europa. Sería deseable que al menos una gran parte de los muchos materiales que se han acumulado sobre nuestras mesas en estas circunstancias, y que probablemente han influido en la apertura de nuestro proceso a la legalidad, cuando todo parecía destinado a la imposibilidad de seguir adelante, sean recogidos en un libro, que sería muy valioso, y documentaría lo que yo estoy diciéndote ahora.

 

Sombra.- (se ha quedado pensativa) Usted ha lamentado a veces la fuga de muchos pensadores de izquierda radical a la derecha o al escepticismo y la huida a sus respectivas casas privadas y a la inoperancia consiguiente como un proceso que comportaba la seria tentación del pesimismo, por no hablar de quienes desde posiciones de izquierda hoy forman parte de los defensores a capa y espada de la situación hoy planetariamente dominante («un orden nuevo», «globalización» imperialista), posterior al derrumbamiento del socialismo real; cuya biblia -la del Nuevo Orden- era y es aún «El final de la historia»; y el neoliberalismo como el único camino posible, que, claro está, no es un camino, porque no conduce a ninguna parte que no sea una mayor miseria y a los mayores infortunios, como está siendo suficientemente probado durante los últimos tiempos. Ya sé lo que usted piensa sobre todo esto, pero dígalo.

Sastre.- ¿Qué es eso de que hablas?

 

Sombra.- Lo de la nueva utopía, abanderada ahora en países como Venezuela.

Sastre.- Es preferible que eso se lea en mis libros. Para este artículo, a mí me basta con decir que si llegamos a obtener un lugar en Europa, quien o quienes obtengan ese lugar, harán de él un altavoz de los condenados de la tierra («Debout les damnés de la terre!»), y de los planteamientos propios de los pueblos frente a los de los mercaderes que todavía -¿y hasta cuándo será?- enseñorean aquellos lugares en los que se reúnen, hoy por hoy, portadores de los grandes intereses económicos dominantes en el mundo. (Pero también hay una Europa de nuestros sueños, y yo ahora recuerdo a uno de mis primeros personajes que decía sentir «la emoción europea». La obra se titula «Cargamento de sueños» y el personaje era yo).

 

Sombra.- (recordando) Pero también aquella Europa era un infierno. ¿No es así, maestro?Sastre.- Ah, ¿tú te acuerdas de eso?

 

Sombra.- (recitativa, poética) «El infierno es… largas tardes de lluvia, y, a veces, no saber adónde ir… Consolarse de la melancolía en un viejo café bajo las doradas lámparas de luz de gas que ya nadie enciende… Y sentir a Europa dentro como una vieja canción».
Sastre.- Ay, sombra. No me lleves este artículo por otro lado.

 

Sombra.- Usted perdone.

Sastre.- Dejémoslo, pues, en lo ya dicho. Por el triunfo de nuestra candidatura, si se confirma el día 7 de junio en las urnas, será posible la presencia en Europa de ideas revolucionarias, hoy por hoy utópicas (por imposibilitadas, no por imposibles), y la resonancia en Estrasburgo de la voz de los sin voz. Tampoco quisiera dejar sin decir que he sentido alegría ante el insólito resplandor democrático que emana de la sentencia del Tribunal Constitucional, en su unanimidad. Si no fuera una mera anécdota ocasional debida a causas que desconozco, sería una gran noticia, quizás la más importante de todas. La unanimidad a que acabo de referirme es, desde luego, una buena señal.

 

Sombra.- ¿Algo más, maestro?

Sastre.- (muy fatigado) ¿Te parece poco?

Entrevista a dos candidatos obreros

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Antonio Rodríguez y Juan Ignacio Orengo son candidatos en las próximas Elecciones Europeas por la lista de Iniciativa Internacionalista-La solidaridad entre los pueblos. Antonio Rodríguez es trabajador de la multinacional americana del transporte UPS y miembro del Comité de Empresa del centro de Vallecas por el Sindicato Cobas. Juan Ignacio Orengo, es metalúrgico, presidente del Comité de Empresa de MP Componentes Mecánicos de Sevilla, Miembro de la ejecutiva del sindicato provincial de Industria y del Consejo de la Unión Provincial y de la Comisión Ejecutiva del metal de CCOO [central sindical Comisiones Obreras] de Sevilla, por el sector Critico. Ellos pertenecen a plantillas que enfrentaron resueltamente EREs [planes de despidos presentados por las empresas] y lograron echarlos atrás. Antonio y Juan Ignacio son militantes de Corriente Roja, en Madrid y Sevilla

 

¿Quienes sois los candidatos y candidatas  de Iniciativa Internacionalista?

Antonio: Los candidat@s de nuestra lista somos  trabajador@s comprometidos en la lucha contra los EREs, los despidos y las privatizaciones, jóvenes que han estado a la cabeza de la lucha contra el Plan Bolonia, intelectuales, artistas y profesionales siempre implicados en la defensa de las libertades democráticas y en especial con los derechos de las nacionalidades, como Alfonso Sastre que es quien encabeza la lista.

 

¿Cómo resumiríais en cuatro o cinco palabras vuestras propuestas?

Juan Ignacio: Quizás se puede resumir diciendo: A los trabajador@s: empleo, a los pueblos: soberanía. Esas son las ideas base que queremos defender en esta campaña. Cuando hay más de cuatro millones de parados en el Estado español y 25 millones en Europa, la primera medida de urgencia  para que los trabajador@s no seamos los que paguemos la crisis  es empezar por la  más básico, el reparto del trabajo, la garantía de empleo para todos y el subsidio indefinido mientras ese empleo llega.  

 

El Gobierno dice que la crisis es internacional y ellos no pueden hacer más de lo que están haciendo.

Juan Ignacio: Aquí parece que la crisis llegó de otro planeta, que ni los gobiernos, ni los empresarios, ni la banca, tienen responsabilidad alguna. Dicen que tenemos un modelo productivo basado en el ladrillo, en la especulación.  Pero ¿quién decidió ese modelo y lo sostuvo durante años?. Ese modelo es el que desarrolló Aznar y mantuvo Zapatero; fueron los bancos y las constructoras los que hicieron el agosto en esos años de vacas gordas. Han sido esos Gobiernos y sus banqueros los que expoliaron el suelo, generalizaron el trabajo precario, provocaron el endeudamiento general de la población y expoliaron a América Latina. Así se han amasado las grandes fortunas en estos años. 

Esta crisis no ha venido de ningún otro planeta, es la crisis del sistema capitalista mismo de un sistema de producción para la ganancia. La crisis por tanto tiene responsables, con nombres y apellidos, son los Botín, los Florentino Pérez, los Amancio Prada, las Koplovich,…. y los que como Aznar antes y los Zapatero ahora gobernaron para ellos.

Antonio: Además ¿de qué protección social hablan?. Mientras los banqueros se forraban estos años, los trabajadores fuimos perdiendo derechos y manteniendo un cierto nivel de vida a base de hipotecarnos. Ahora que llegó la crisis para muchas familias el paro es sinónimo de perder todo incluyendo la vivienda. Hay mas de un millón de hogares donde nadie tiene trabajo ni reciben prestación alguna. ¿De que protección social alardea entonces el Gobierno?

Cuando asumió el Gobierno Zapatero y se generaban muchísimas expectativas entre los trabajadores y la población en general, desde Corriente Roja  dijimos que este Zapatero no había venido a hacer zapatos para los pobres sino a sacar lustre a los "Botines". La vida dictó sentencia. El único apoyo claro ha sido el que el Gobierno está dando a los banqueros. Millones de Euros para la Banca y millones de trabajadores al paro, ese es el verdadero talante del Gobierno.

 

Pero la patronal y el PP [Partido Popular, opositor de  derecha] atacan también a Zapatero…

Juan Ignacio: Para ser precisos, un sector de la patronal y su representante político el PP. La crisis ha desencadenado también la división entre los capitalistas. No a todos los empresarios les va igual con la crisis.

Hay un sector que busca más reformas laborales para abaratar despidos, salarios y derechos a toda costa. Pero hay otro, el más poderoso, que es la Banca y las multinacionales, que reciben fortunas del erario público que les da el Gobierno Zapatero. A medida que avanza la crisis se pone más en  evidencia que éste es el Gobierno de los banqueros.

La crisis del 29, de la que tantas analogías se hacen, duró 10 largos años, provocó un cierre generalizado de empresas, el desempleo masivo, millones de trabajadores fueron arrojados a la pobreza y el capital sólo salió de ella  con una guerra mundial y en base  a la reconstrucción de un continente, Europa que quedó completamente devastado.  ¿Cómo van a salir esta vez de la crisis?.

Hoy no hay lugar para una nueva guerra mundial, porque el dominio militar del imperialismo yanky es indiscutido. La salida de su crisis es desencadenar una verdadera guerra social contra los trabajadores y los pueblos, imponer un brutal retroceso en los derechos, recortes salariales, de los servicios públicos y de las prestaciones sociales como las pensiones. Solo así la burguesía busca recuperar la tasa de beneficio para volver a invertir e iniciar un nuevo ciclo de "crecimiento".

 

CCOO y UGT dicen que los que defienden la huelga general quieren utilizar a los trabajadores de infantería contra el Gobierno. ¿Que opináis? 

 

Antonio: Los dirigentes de CCOO y UGT en lugar de defender a los trabajadores se han convertido en uno de los grandes puntales del Gobierno y del sistema. Son los grandes propagandistas de que "la crisis es internacional",  exculpando al Gobierno y a la patronal, con la que llevan años de paz social, de la responsabilidad en esta crisis.  Más de cuatro millones de parados, cada vez más familias sin trabajo ni subsidio, EREs por todas partes y ellos diciendo que no hay razones para una Huelga general y que hay que salir de la crisis uniendo fuerzas con la patronal y el gobierno, "apretarnos todos el cinturón", como si todos tuviéramos la responsabilidad de la crisis y la sufrimos de la misma manera.

CCOO y UGT se han convertido en verdaderos cómplices del despido masivo de trabajadores vía la firma de los EREs. Baste como dato que más del 90% de los EREs son acordados. Ellos quieren convertir a los trabajadores en los "palmeros" del Gobierno de los banqueros en sus litigios con el PP y los sectores patronales que representa.

 

A vuestro juicio qué medidas deberían adoptarse frente al desempleo?.

Juan Ignacio: Nosotros venimos defendiendo la necesidad imperiosa de un plan de rescate de los trabajador@s. Decimos que la lucha contra el desempleo es hoy la primera tarea de todos los trabajadores, de los que tienen trabajo (y no saben hasta cuándo) y de los que están en el paro. ¡Que se reparta el trabajo existente entre la mano de obra disponible!, que se reduzca la jornada de trabajo, sin reducir el salario, para ¡trabajando menos, trabajar todos!. Por eso defendemos la Jornada semanal de 35 horas por Ley ya., o mejor aún la semana de cuatro días de la que habló Cándido Méndez en una entrevista radiofónica reciente.

Y mientras se asegura un empleo, que se garantice el carácter indefinido de la prestación de desempleo y su ampliación a los que ahora no disponen de ella. Así mismo, hay que exigir la moratoria indefinida de las hipotecas para todos los parad@s.

Y a diferencia de las obras municipales del Plan Zapatero que solo darán trabajo a un reducido numero de parados, por poco tiempo y además dejando una buena parte del dinero en manos de subcontratistas, lo que hace falta es un verdadero plan de obras públicas amplio y de larga duración para regenerar barrios y pueblos, construir y poner en marcha infraestructuras y equipamientos públicos, regenerar el medio ambiente y crear de verdad empleo masivo.   

 

¿Qué otras medidas proponéis?

Antonio: Como ha dicho Juan Ignacio nosotros venimos defendiendo la necesidad de un plan de rescate de los trabajador@s, que no se de ¡Ni un euro más a la banca y las multinacionales! porque estos sectores están al servicio de una clase parasitaria, y no del conjunto de la sociedad.

Un plan de rescate, debe contemplar, entre otras medidas, cortar la sangría de los despidos diciendo no a los EREs, auténtico instrumento de expolio de los trabajador@s.  Cada empresa importante que quiera cerrar o despedir masivamente, debe ser nacionalizada y puesta bajo control de los trabajadores. Es escandaloso que las ayudas públicas a empresas como SEAT superen su valor en Bolsa.

También hay que defender los servicios públicos, que son un derecho y no un negocio: la sanidad y la educación públicas y de calidad. No se combate la crisis sin tomar medidas resueltamente anticapitalistas. Por eso defendemos, la expropiación de las industrias claves y de la Banca.  Todos los recursos centralizados en la Banca han de estar al servicio de la inmensa mayoría.

 

¿Os parecen sinceramente  realistas esas propuestas?

Juan Ignacio: Cuando los gobiernos sangran el erario publico para rescatar a los banqueros y a las multinacionales para que mantengan su negocios mientras millones de trabajadores van a la calle, se dice que es una medida "necesaria" y "realista". Eso es cinismo. Nosotros decimos ¡basta! de que los que se forraron especulando y con el sudor de los trabajadores ahora quieran seguir amasando fortunas en medio de la miseria general. Si quieren irse ¡que se vayan!, pero las fabricas, los recursos se quedan aquí, porque los trabajadores sabemos hacer funcionar las fábrica, los hospitales, los transportes, las escuelas sin necesidad de estos parásitos sociales. Lograr estas medidas depende ni más, ni menos, que de la capacidad que tengamos los trabajadores de movilizarnos, de crear en el próximo periodo la correlación de fuerzas para imponer esas medidas.

Antonio: Esa es la razón por la que se hace imprescindible la convocatoria de una Huelga General. Nosotros venimos apoyando todas las luchas que podemos, buscando la confluencia y la unidad entre los trabajadores para ganar esas luchas y para preparar las condiciones de esa huelga general. Por eso hemos saludado y les deseamos un gran éxito a los compañeros vascos que tienen huelga general el próximo día 21. Ojalá que sea un éxito y nos ayude a todos a avanzar hacia una huelga general en todo el estado español.

 

Decíais, al inicio de la entrevista, que la soberanía de los pueblos era un tema central de vuestra candidatura

Juan Ignacio: Así es. Nosotros decimos que no queremos un Estado que sea cárcel de los pueblos. Nosotros creemos que aquí no hay ni de lejos un marco de plenas libertades democráticas donde los pueblos puedan ejercer su libre derecho a la autodeterminación. Nosotros queremos la unión pero una unión libre decidida por los pueblos y no impuesta por nadie.

No hay además un marco donde todos los proyectos políticos, incluso los que no compartimos, tengan las mismas oportunidades de ser defendidos en libertad. Por el contrario, leyes antidemocráticas como la Ley de Partidos encarcelan e ilegalizan por delitos de opinión, por eso defendemos que debe ser derogada.

Antonio: Nosotros pensamos que la única garantía real de transformación social, de lograr acabar con este sistema capitalista y abrir el camino a una sociedad sin explotación, de pleno empleo, derechos e igualdad real, una sociedad socialista, es la lucha unida de todos los trabajadores por encima de nuestro lugar de origen, raza o credo religioso. Pero no es posible esa unidad si los trabajadores españoles acabamos siendo por activa o por pasiva cómplices en la opresión a otros pueblos.

Aquí cuando se habla de nacionalismos se menciona en términos, muchas veces despectivos, a los vascos, catalanes, gallegos.. pero se olvidan siempre de uno, el nacionalismo más grande y el más peligroso porque no se reconoce a si mismo como tal nacionalismo, el nacionalismo español. 

Los trabajadores andaluces, madrileños, extremeños. debemos ser los primeros en rechazar ser el furgón de cola del nacionalismo español. Defendemos la soberanía de todos los pueblos, su derecho irrestricto a decidir el vínculo que quieren con los demás pueblos, solo así se ejerce la soberanía.

 

¿Queréis añadir algo?

Antonio: Queremos desde aquí hacer un llamamiento a los trabajador@s, estudiantes, con los que venimos luchando codo a codo contra los EREs, los despidos, la privatización de la Sanidad y el Plan Bolonia, contra la Ley de extranjería, en solidaridad con Palestina o por la República, a que apoyen esta candidatura.

Juan Ignacio: Me gustaría decir a esos compañeros/as que tienen la duda de si apoyar y votarnos es "útil", que cada apoyo y cada voto es enormemente útil, porque si sacamos algún diputado estaremos garantizando que se oiga la voz de los trabajadores y los pueblos. Y sino lo logramos cada voto será el  respaldo a un programa de clase y democrático a una opción de lucha. Eso nos hará más fuertes para seguir en la lucha cada día, que es el verdadero camino para que los trabajadores logremos cambiar las cosas.

Actos en Vigo y Barcelona

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Acto en Vigo

En este acto, presentado por el lider de la FPG (Fronte Popular Galega), Mariano Abalo, estuvieron presentes además de los candidatos gallegos de la CUT y FPG que figuran na lista de II-SP, (X.L. Méndez Ferrín, Xan Carballo, Ricardo Castro Buerger, Cati Martínez Collazo, Manolo Besteiro e Cesar Lago), militantes de otras agrupaciones, para apoyar la candidatura, entre los oradores, estuvieron los siguientes:

– Lois Pérez Leira, de Nova Esquerda Socialista.

– Miguel Anxo Abraira, de Movemento pola Base.

– Gustavo Luca de Tena, escritor. 

– Oscar Gomes, de Espaço Irmandinho.

– Xosé Collazo, do Partido Comunista do Povo Galego.

También compartieron el acto miembros de otras organizaciones, como Ceivar, y se informó del apoyo recibido, entre otras,  de las siguientes agrupaciones: CUT, CIG, Sindicato Labrego Galego, Corriente Vermella, Encontro Irmandiño o Movemento Galego ó Socialismo.

 

Iniciativa Internacionalista se presenta en la UAB

Acto en el vestíbulo de la sala de actos de la Facultad de Psicología y Letras.

 

Acte sobri al vestibul de la sala d'actes de la facultat de Psicologia i lletres on al voltant una trentena d'estudiants van donar una càlida acollida als ponents, Josep Garganté (sindicalista de TMB  i número 3 de la llista), Víctor García (Membre de l'assemblea de psicologia i expedientat pels succesos del rectorat) i Gerard Sánchez (assembleari de la facultat de lletres).Acto sobrio en el vestíbulo de la sala de actos de la Facultad de Psicología y Letras, donde alrededor de una treintena de estudiantes dieron una cálida acogida a los ponentes, Josep Garganté (sindicalista de TMB y número 3 de la lista), Víctor García (miembro de la asamblea de psicología y expedientado por los sucesos del rectorado) y Gerard Sánchez (asambleario de la facultad de letras). L'acte ha començat criticant durament la persecució  i criminalització  mediàtica portada a terme pels mitjant tradicionals i defensant la idea que la política no és un treball si no un acte de militància.

El acto ha comenzado criticando duramente la persecución y criminalización mediática llevada a cabo por los medios tradicionales y defendiendo la idea de que la política no es un trabajo sino un acto de militancia. És per això que la candidatura es composa majoritàriament per sindicalistes, activistes socials, estudiants antibolonya i treballadors en general. Es por ello que la candidatura se compone mayoritariamente por sindicalistas, activistas sociales, estudiantes antibolonia y trabajadores en general.

Els eixos principals  d'Iniciativa Internacionalista  giren al voltant d'  una sortida favorable als treballadors de la crisi que han provocat els neoliberals i  contra la repressió política encarnada principalment en la llei de partLos ejes principales de Iniciativa Internacionalista giran alrededor de una salida favorable a los trabajadores de la crisis que han provocado los neoliberales y contra la represión política encarnada principalmente en la ley de partidos.

L'intervenció ha estat plagada de referències a la potencial il·legalització ia les proves que utilitza la fiscalía que han estat qualificades com irrisòries, falses i circumstàncials, en un procès que recorda la caça de bruixes del  senador McCarthy "on per  signar un document en favor de l'alliberament d'Otegi et  posen a la llista negLa intervención ha estado plagada de referencias a la potencial ilegalización ya las pruebas que utiliza la fiscalía que han sido calificadas como irrisorias, falsas y circunstancial, en un proceso que recuerda la caza de brujas del senador McCarthy "donde por firmar un documento en favor de la liberación de Otegi te ponen en la lista negra ".

En relació a això, la candidatura ha anunciat la interposició d'una querella criminal contra el ministre de l'interior per injúries a la candidatura ia les persones que la composEn relación a esto, la candidatura ha anunciado la interposición de una querella criminal contra el ministro del interior por injurias a la candidatura ya las personas que la componen.

Garganté, com a principal membre de la mesa, ha saludat als sindicats bascos que  han cridat a la vaga general el dia d'avui i els ha lloat per la seva determinació en un context de falsa democràcGarganté, como principal miembro de la mesa, ha saludado a los sindicatos vascos que han llamado a la huelga general el día de hoy y los ha alabado por su determinación en un contexto de falsa democracia.

La candidatura,segons el número 3 ha estat  confeccionada per confrontar-se amb l'Europa dels eurodiputats rics i miserables que porten un tren de vida  radicalment  diferent al dels treballadors i ha dit que l'Eurocambra és la que més allunyada esta de la realitat dels ciutadaLa candidatura, según el número 3 ha sido confeccionada por confrontarse con la Europa de los eurodiputados ricos y miserables que llevan un tren de vida radicalmente diferente al de los trabajadores y ha dicho que la Eurocámara es la que más alejada está de la realidad los ciudadanos. Iniciativa Internacionalista aposta per la Europa dels treballadors i dels pobles lliures. Iniciativa Internacionalista apuesta por la Europa de los trabajadores y los pueblos libres.

Víctor García apuntà que en aquestes eleccions portem el pla Bolonya a les urnes i que és la oportunitat de mostrar el rebuig que les estudiants sentim i ha remarcat que la cambra Europes es de tot menys la veu del poblVíctor García apuntó que en estas elecciones llevamos el plan Bolonia en las urnas y que es la oportunidad de mostrar el rechazo que las estudiantes sentimos y ha remarcado que la cámara europea es de todo menos la voz del pueblo.

L'acte ha servit per posar de manifest que candidatures de reconeguda trajectoria "democràtica" com falange española no ha estat mai interpelada per no condemnar la violència i ningú no ha demanat la seva il·legalització El acto ha servido para poner de manifiesto que candidaturas de reconocida trayectoria "democrática" como falange española nunca ha sido interpelada por no condenar la violencia y nadie ha pedido su ilegalización nunca. Coses que te España. Cosas que tiene España.

Luchas obreras en Galicia y el País Vasco

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Reproducimos las informaciones que publicó el site kaosenlared sobre la huelga general en el sur del País Vasco (21 de mayo) y las luchas que vienen llevando los trabajadores del metal de Vigo en Galicia (los últimos artículos han sido traducidos del gallego).

 

NUEVA JORNADA DE MOVILIZACIONES OBRERAS EN VIGO: EL LUNES SE REABRE LA NEGOCIACIÓN



Millares de trabajadores y trabajadoras del metal del sur de Galicia volvieron a salir a las calles para reivindicar un convenio justo y denunciar la violencia policial de ayer en la ciudad de Vigo.
La paralización de ayer se prolongó desde las 10 de la mañana y las 2 de la tarde, después de dos días de huelga  esta semana y dos la pasada. Esta vez, millares de obreros, vestidos con ropas de trabajo, denunciaron la violencia policial y la criminalización mediática de que están siendo objeto por luchar por sus derechos.

 

Asambleas de fábrica precedieron la marcha sobre la ciudad de Vigo, incluyendo cortes en el tránsito en el centro. Representantes sindicales criticaron especialmente la actitud de la Administración autonómica que, en lugar de ejercer una labor de intermediación, demostraron situarse del lado de los patrones, al haber criticado las legítimas medidas de presión adoptadas por los trabajadores en los últimos días.

 

Finalmente, a lo largo de la tarde se supo que la Xunta, a través del director general de Relaciones Laborales, Odilio Martinhá, forzará una reunión entre representantes obreros y empresarios el próximo lunes, para evitar una nueva dinámica de movilizaciones por parte de los primeros. La reunión está prevista para las 17h30 en la delegación de la Xunta en Vigo.
Mientras tanto, el portavoz de la patronal en el conflicto, Javier Martínez, declaró a algunos medios de comunicación que un sector de los empresarios está pensando en un lock-out en respuesta a la huelga obrera e, inclusive, al retiro de cualquier compromiso para la renovación del convenio, como un intento de desactivar la lucha. Sin embargo, aceptó asistir a la reunión del lunes con los representantes de los tres principales sindicatos del sector: CIG, UGT y CCOO.

Termina la batalla campal en Vigo, y comienza la asamblea de los trabajadores

 

Después de tomar la ciudad, a primeras horas de la mañana, cortando los principales accesos, y los puntos estratégicos de su red vial, los obreros del metal se vieron obligados a reagruparse en la zona de Costa, ante las cargas de la policía española. Éstas comenzaron a media mañana, e hicieron que los obreros, que estaban esparcidos por toda la ciudad, se replegasen los astilleros de Barreras y Vulcano, para reorganizar los movimientos.

 

Cerca de las 13h00, la Avenida de Costa estaba cerrada con diversas barricadas, creadas por contenedores de basura y otros objetos de obras, ardiendo, y los obreros se atrincheraban en Barreras, lanzando piedras y tornillos, haciéndoles frente a más de una docena de furgones de los antidisturbios, que les arrojaban, a su vez, pelotas de goma y balas de humo.

 

A las 13h45 la policía se retiró, y sobre las 14h comenzó una asamblea general de trabajadores, en el astillero de Barreras, que continúa ahora, y en el que participan sindicalistas de la CIG, UXT y CCOO. La semana que viene podrían reestablecerse los días de paro, dado que la posición de trabajadores y patronal está muy lejana, y el conflicto es cada más cerrado. Lo que se decida, se conocerá cuando termine esta asamblea. No se tiene conocimiento de heridos, por lo menos del lado de los obreros.

 

En esta cuarta jornada de huelga discontinua, se han repetido, en Vigo, episodios de enfrentamientos entre los obreros del metal y los agentes que ya si habían vivido en otras ocasiones. La ciudadanía fue la principal perjudicada en esta jornada de paro del metal, y, según dijeron los sindicalistas, esto podría continuar a ser así, si la patronal sigue negándose a negociar.

El convenio en disputa afecta más de 27 mil trabajadores y trabajadoras de la provincia de Pontevedra, y es la norma laboral de más de 2.500 empresas.



 

ÉXITO DE LA HUELGA GENERAL DEL 21 DE MAYO EN EL SUR DE EUSKAL HERRIA Y AGRADECIMIENTO

 

 

Estimados compañeros y compañeras:

 

Os escribo estas líneas para deciros que la Huelga General de ayer en el Sur de Euskal Herria fue un éxito. A pesar del boicot a la misma por parte de CCOO y UGT y de las distintas Patronales, a pesar de la des-información de los grandes medios de (in)comunicación, a pesar de todo ello, los datos son elocuentes:

 

*Más del 53% de la empresas pararon completamente.



*Más del 30% de la plantilla paró en el 74% de las empresas.

* Al mediodía hubo manifestaciones multitudinarias en las captales del Sur del país Vasco: 15.000 personas en Bilbao, 10.000 en San Sebastián (Donostia, en euskera) y Pamplona (Iruñea) y más de 8.000 personas en Vitoria (Gasteiz).

La clase trabajadora vasca, mujeres y hombres, salimos a la calee para denunciar la crisis capitalista, y para dejar claro que las y los trabajadores no estamos dispuestos a pagar la crisis que grandes capitalistas y banqueros, y las políticas de gobiernos de derecha han generado.

Tenéis información más completa en la siguiente web: www.gara.net (en especial en los apartados "argazkiak" y "printed edition" o edición impresa").
También podéis consultar la web del sindicato LAB: www.labsindikatua.org

Queremos aprovechar, asimismo, una vez más para reiterar nuestro agradecimiento a las organizaciones sindicales que nos mandásteis y expresásteis vuestra solidaridad. A todos gracias por vuestro esfuerzo.

 

Muchas gracias.

¡La solidaridad es la ternura de los Pueblos!

¡Viva la unidad de la clase obrera!

Igor Urrutikoetxea (Secretario de Relaciones Internacionales, en nombre del conjunto de la militancia del sindicato LAB)

Se reactivan las ocupaciones y la represión del gobierno

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La lucha por la tierra comienza  a imponerse nuevamente en la escena política de nuestro país. En las últimas semanas el movimiento campesino ha dado claras señales de que, a pesar de la dura represión que recibió de parte del gobierno de Lugo-PLRA en sus inicios, no está derrotado ni renunció a sus reivindicaciones.


Las ocupaciones recientes


San Pedro vuelve a ser el centro de la lucha campesina. En el distrito de Yrybucuá, unas 200 familias agremiadas en la Organización Lucha por La Tierra (OLT) ocuparon por cuarta vez la propiedad del terrateniente Enrique Barrail, calculada en unas 16.000 hectáreas. En el mismo departamento, pero en la localidad de Capiibary, otros 1.500 campesinos de la misma organización ocupan la estancia «Carla María» del Ing. José Bogarín. De la misma forma, en la localidad de Choré, cientos de labriegos de un grupo denominado Cooprose ocuparon la propiedad, de 15.000 hectáreas, del latifundista Orlando Rehnfeldt


En San Ignacio, Misiones, otros 150 campesinos de la Mesa Coordinadora Nacional de Organizaciones Campesinas (MCNOC) ocuparon una propiedad de 1.500 hectáreas que se adjudico de manera malhabida a Francisco Ortiz Téllez, un ex cónsul de la dictadura stronista que está condenado a 10 años de cárcel por la desaparición de personas durante aquel régimen. En Caazapá, concretamente en la estancia «Toro Blanco», unas 170 familias agrupadas en la Comisión Vecinal Tetâ Pyahu (CVTP), ocuparon las tierras de un terrateniente que mandó al lugar a su apoderado, Mario Centurión, quien ya realizó un «llamado» público a «veinte hombres valientes» con el fin armarlos y custodiar la propiedad (Úlitma Hora, 23-05-09).


La misma respuesta del gobierno: criminalización y represión


El gobierno de Lugo-PLRA demostró no haber cambiado de política ante el problema de la tierra. Frente a estas nuevas ocupaciones respondió de la misma manera que en el último trimestre del año pasado; es decir, con represiones, detenciones e imputaciones.


En la ocupación de San Pedro, el pasado viernes 22, fueron detenidos 82 compañeros y compañeras por orden del fiscal Julián Camacho, quién se apersonó en el lugar con más de 120 efectivos policiales. Ante este apresamiento masivo, una mujer campesina, pobre y luchadora, llamada Teodolina Quiñonez, expresó con lagrimas en los ojos: «Por más de que lleven presos a nuestros maridos, igual las mujeres vamos a luchar para ganar estas tierras» (ÚH, 23-05-09). En la ocupación de Choré, fueron detenidos unos 110 campesinos por orden de la fiscala Lilian Ruiz, de Santaní sólo por estar acampados en la orilla de un camino lindante con la propiedad (ABC, 22-02-09).


El gobierno de Lugo-PLRA mantiene su fiel compromiso de defender la propiedad privada terrateniente utilizando todo el aparato represivo del Estado. Mantiene la misma posición política ante las ocupaciones de tierra con la cual, en la anterior escalada de luchas campesinas, el gobierno causó la muerte de 3 campesinos, llenó las cárceles e imputó a cientos de luchadores sociales y militarizó la zona de San Pedro.


Lugo está en contra de las ocupaciones


Fernando Lugo ratificó recientemente, por si quedaran dudas, que para él «la ocupación no es el camino» y que la salida debe ser «institucional», es decir, en los marcos de la legalidad capitalista. «Yo creo que el camino es institucional, el camino es la programación, el proyecto, incentivar la reforma agraria», expresó Lugo en conferencia de prensa (ABC, 20-05-09).


Desde el PT sostenemos exactamente lo contrario. La historia política y social de nuestro país ha demostrado con la fuerza incuestionable de los hechos que no existe otro camino más efectivo que las ocupaciones para conquistar la tierra y pelear por una verdadera reforma agraria en el Paraguay.


Confiar en las leyes o las instituciones imperantes, hechas por y a medida de los poderosos, es conducir esta legítima lucha a la derrota segura. Un ejemplo claro en este sentido es la Coordinadora Ejecutiva para la Reforma Agraria (CEPRA), creada por Lugo para desviar la lucha campesina, que no ha avanzado absolutamente nada en cuanto al combate al latifundio; de hecho, este organismo «institucional» anunció resultados recién para el 2023. La única forma en que el Paraguay deje de ser el país con mayor desigualdad en la tenencia de la tierra en América Latina va ser mediante la lucha resuelta del movimiento campesino.


Un llamado a la unidad de acción


Hacemos un llamado a la OLT, a la MCNOC, a la FNC, a la CNOCIP y a todas las demás organizaciones campesinas, sindicales, populares, estudiantiles y de izquierda a encarar la lucha por la tierra de manera coordinada, en el marco de la unidad en la acción.


Es imperioso unificar las fuerzas para acometer nuevas luchas y defender a las ocupaciones existentes, amenazadas por la represión del gobierno y los grupos de matones armados por los latifundistas. Nuestra posición, como es conocida, es encarar estas y todas las demás luchas confiando sólo en nuestras propias fuerzas, en el marco de la total independencia política y en oposición, tanto a la política del gobierno de Lugo-PLRA como a los partidos que componen la derecha tradicional.


Comité Ejecutivo del PT


Asunción, 25 de mayo de 2009