Os resultados das eleições européias expressam o momento atual da crise do capitalismo e da ofensiva da burguesia contra os trabalhadores
Os resultados destas eleições européias expressam, ainda que de forma destorcida, a situação do movimento de massas. Atualmente, no marco da crise do capitalismo mundial, o que predomina ainda é a ofensiva brutal da burguesia contra os trabalhadores e uma reação ainda relativamente anestesiada da maioria da classe trabalhadora, a que se juntam alguns focos de resistência importantes, mas ainda muito minoritários e dispersos. Os resultados destas eleições com a vitória eleitoral da direita transferem para as urnas essencialmente esse traço que predomina no movimento de massas: a ofensiva da burguesia e a ausência, em geral, de luta massiva e contundente da classe trabalhadora em resposta aos ataques que está sofrendo.
Com a crise profunda que vive o capitalismo mundial, em que a Europa é um dos pontos mais atingidos, poderia se esperar uma radicalização maior que se expressasse no voto. No entanto, a relação entre crise, por um lado, e o ascenso e a consciência do movimento de massas, por outro, não é automática. Apesar dos golpes do desemprego e dos ataques aos atuais direitos, a primeira reação das massas não é necessariamente um ascenso revolucionário. Para que a classe entre em luta, existe uma necessidade de unidade para combater o medo que causa o próprio desemprego. Para tal contam fatores subjetivos como a organização sindical da classe e a política das suas direções, fatores preexistentes à crise.
Mesmo que tenham começado a haver lutas importantes, estas ainda não se generalizaram nem conseguiram ultrapassar a camisa de força dos grandes aparatos burocráticos e sindicais, cuja atuação tem-se pautado pelo apoio, direto ou indireto, às políticas da burguesia para sair da crise em vez da defesa dos trabalhadores.
Tivemos alguns sinais muito promissores desde a eclosão da crise: as grandes mobilizações na Grécia que abalaram o regime; as duas greves gerais na França com grande unidade das centrais e sindicatos. Na Espanha, a recente greve geral do país Basco e a greve metalúrgica com enfrentamentos com a polícia em Vigo, na Galícia. As ocupações de empresas na Irlanda e Inglaterra (Visteon) e na França com a detenção de gerentes como reféns para impor as reivindicações. Mas estas mobilizações, ainda que fortes e radicalizadas, ainda não tem um desenvolvimento independente dos aparatos e contundentemente contra o sistema, que será necessário para que não sejam os trabalhadores a pagar por esta crise.
Mesmo nas lutas com métodos radicais como a ocupação de empresas, a classe ainda luta essencialmente por questões pontuais. Por exemplo, as ocupações da Visteon na Irlanda e Grã-Bretanha e da Sony e Caterpillar na França foram resolvidas basicamente com o pagamento de indenizações e dos direitos trabalhistas, sem reverter o conjunto das demissões. Não houve ainda uma consciência mais geral de que não há saída sem uma luta radical e o ataque direto à propriedade privada e ao domínio do capital. As burocracias ainda conseguem fazer a classe aceitar acordos que salvam os capitalistas e fazem que a classe pague a conta da crise, como nos recentes acordos da GM ou naqueles já citados.
Isso se reflete na hora da opção eleitoral. Para a ampla maioria dos trabalhadores ainda parece ser possível uma solução no marcos de medidas como as que os governos imperialistas vêm tomando, sejam os conservadores, sejam os social-democratas. Por isso, na hora de votar haja respaldado a governos como Sarkozy ou Berlusconi, que, em nome de «salvar os empregos» e a «economia», injetam fortunas nos bancos e permitam que estes continuem espoliando e façam com que o conjunto dos trabalhadores pague pela crise. Na verdade, toda a política dos governos europeus se parece também em outro aspecto: o de anestesiar à classe dizendo que «o pior da crise já passou», apoiada na conjuntura atual de relativa contenção do colapso do sistema financeiro, após a política de injeção bilionária de recursos pelos governos capitalistas que estabilizou temporariamente os mercados financeiros. Assim, a população européia, inclusive a classe trabalhadora vota em políticas desse tipo, de defesa do capitalismo, acreditando que elas vão permitir superar as dificuldades e evitar que a situação da crise se aprofunde.
Ao mesmo tempo, os governos dos principais países imperialistas procuram sempre que possível adiar as medidas mais duras de ataque aos trabalhadores para depois dos processos eleitorais, como no caso do governo alemão que injetou grande soma de dinheiro no acordo para garantir a venda da Opel (a GM da Europa) para a Magna, sem quase nenhum fechamento de fábricas na Alemanha. No entanto, sabe-se que a partir de Setembro (depois das eleições alemãs) a nova proprietária da GM européia vai aplicar duros cortes.
É importante aclarar que este voto à direita expressa uma determinada situação, uma fotografia de um processo em curso: a resistência a que nos referimos nas lutas como na Grécia ou Pontevedra mostram uma possibilidade e uma potencialidade na qual apostamos. Além disso, cada ataque como as demissões, o fechamento de fábricas ou a redução dos direitos sociais é um desmentido da campanha enganosa da burguesia e de seus governos, sobre a evolução da crise. Mas é essencial saber de onde partimos; não confundir a potencialidade com a situação real do movimento e da consciência da classe hoje.
A abstenção
Para entender o grau de abstenção destas eleições, há que levar em conta o fato que o Parlamento Europeu e a Comissão Européia são instituições que não fazem parte das preocupações cotidianas da ampla maioria da população. Eles aparecem como algo distante e desconectado da realidade das massas. Desde a primeira eleição européia, os índices de participação eleitoral vêm caindo. Nas eleições de 1979, quando havia apenas a «Europa dos
Nestas eleições, essa tendência se aprofundou ainda mais, refletindo o descrédito crescente da população nos organismos europeus, piorada pela sua atuação nessa crise e atravessada pela decepção com a atuação dos governos nacionais na conjuntura atual. Por isso, em geral, houve uma queda também na votação proporcional dos partidos que estiveram à frente dos respectivos governos no último período.
Mas não se deve confundir a abstenção com uma negação do sistema eleitoral ou da própria União Européia (UE). É uma expressão de desinteresse e apatia que é aproveitada pela direita para se fortalecer, relativamente, como aquela que apresenta «soluções possíveis» no marco das instituições vigentes, apesar do desgaste. Tampouco há um fenômeno de negação com sentido de classe. Pelos dados divulgados, a abstenção foi distribuída socialmente entre todas as classes. Tanto a classe média como a classe operária mostraram um desinteresse bem grande no processo e permitiram que mesmo num colégio eleitoral reduzido como este, não houvesse expressões de maior polarização à direita ou à esquerda.
Houve uma área da Europa mais periférica (Europa Oriental), em que esse fenômeno da abstenção teve expressão muito significativa, o que chama a atenção porque era a primeira vez que participavam das eleições européias. Em alguns países a abstenção chegou a beirar os 80%, como na Lituânia e Eslováquia e 73% na Polônia e Romênia. Possivelmente, isto reflita a maior gravidade da crise econômica na região e, o desencanto de que sua entrada na UE não lhes tenha dado nenhuma ajuda para escapar das consequências desta crise.
A direita venceu as eleições
No marco desta tendência geral de desinteresse refletido na abstenção e no desgaste dos governos de conjunto, há uma diferença clara entre os resultados das forças de direita e da socialdemocracia. Ainda que com perdas importantes de votos em alguns países em relação à última eleição européia (Alemanha e França), a direita tradicional saiu vencedora na maioria dos países que governa e teve resultados ainda mais importantes onde era oposição e venceu como Portugal e Espanha (sendo que o candidato do PP na Espanha era do setor mais à direita dentro do partido). Ganhou, também, na Itália de forma contundente e as forças que mais cresceram no arco da coligação no poder foram as mais à direita, como a xenófoba Liga Norte. O mesmo aconteceu na Bélgica e Holanda. Houve também lugares onde a direita era governo e perdeu como a Grécia e a Suécia, mas a tendência mais generalizada foi a da vitória da direita, em particular nos principais países imperialistas.
É importante destacar que essa votação, não significou um crescimento do número de votos da direita em todos os lados: a direita ganhou estas eleições, mas perdeu votos em relação às eleições de 2004. Em países chaves como a Alemanha, teve perdas importantes, apesar da sua vitória. Também vale a pena observar que, inclusive onde a direita ganhou votos, seu triunfo eleitoral não é uma vitória que gere entusiasmo e força, senão que se dá no marco desse descrédito a que nos referíamos. No entanto, o fato categórico é que a direita resiste melhor ao desgaste perante a crise do que a socialdemocracia, ganhando inclusive em muitos dos países onde é governo, ao contrário do que ocorreu, como regra geral, com os partidos socialistas/socialdemocratas. A votação que recebeu expressa, portanto, um momento de ofensiva burguesa e em que a «saída capitalista» tipo conservadora é a majoritária.
Nesse marco, chama a atenção o reforço de um espectro mais à direita, diretamente xenófobo e mesmo fascista sem chegar a ser um reflexo de uma polarização mais de conjunto. O crescimento de forças como o BNP [2] na Grã-Bretanha, superou os 6%, com bons resultados inclusive em cidades operárias como Barnley e o reforço deste setor na Holanda (chegando a 16%), na Áustria e Hungria mostram que o apelo xenófobo contra os imigrantes e as propostas prófascistas estimuladas por governos como Berlusconi impactam setores da classe trabalhadora, ainda que minoritários. Inclusive na Grécia, onde alcançaram 7%, apesar das grandes mobilizações nos últimos tempos. Este fenômeno para nada é um processo generalizado, mas a dimensão que tomou chama a atenção porque a burguesia, ainda que neste momento não esteja inclinada a apelar ao fascismo, de fato dá espaço e alento a essas alternativas através de sua política contra os imigrantes e anti-islâmica em geral, o que obriga o movimento operário a encarar o desafio de contrapor-se a esse tipo de política de forma clara e contundente.
A grande perdedora dessas eleições foi a socialdemocracia
O resultado que mais salta à vista nestas eleições é a derrota arrasadora da socialdemocracia: seus partidos tiveram resultados historicamente desastrosos na maior parte dos países e em países chave, como Alemanha, a França e a Inglaterra, onde tinha uma implantação histórica de enorme peso e tradição.
Na realidade, a socialdemocracia foi o grande instrumento político da reconstrução burguesa da Europa no pós-guerra e foi identificado com a defesa do Welfare State (Estado de Bem Estar Social) consolidando assim um eleitorado importantíssimo entre os trabalhadores europeus. Seu discurso de defender o «social»- enquanto na verdade sustenta o imperialismo e os ataques violentos contra o nível de vida das massas – lhe cobrou um alto preço em popularidade e prestígio.
À medida que foi abandonando até mesmo a defesa da reformas mínimas, e estando à frente do Estado burguês que ataca aqueles direitos sociais que eram associados a ela no passado recente, abriu-se uma crise forte com sua base social. Setores muito amplos da classe operária e da classe média, que se questionam porque votar na socialdemocracia se o que eles fazem é totalmente semelhante à prática dos governos de direita? Por isso, o mais provável é que um setor majoritário que se absteve, ou mudou o seu voto para outras formações, tenha vindo dos antigos votantes dos partidos socialistas ou socialdemocratas.
Este processo se expressou com uma contundência impressionante na Inglaterra, onde um resultado de apenas 16% se combinou com uma profunda crise política que põe em risco a sobrevivência do governo trabalhista de GordonBrown. Também o PS francês e o SPD alemão (que se mantém no governo em coligação com a direita), partidos socialdemocratas de grande tradição, tiveram derrotas históricas nestas eleições. Na Itália, mesmo já fora do governo, o Partido Democrático de Prodi e Veltroni, por um lado, e Refundação Comunista, por outro, em nome do que resta da socialdemocracia na Itália, tiveram resultados péssimos que expressam o desencantamento com sua recente gestão no governo, que desferiu ataques profundos aos interesses dos trabalhadores.
Uma exceção importante a esta regra foi a vitória do PASOK (Partido Socialista Grego) que conseguiu capitalizar a oposição ao governo de direita que governou o país nestes últimos anos, utilizando forte repressão e enfrentando-se com algumas das maiores mobilizações da Europa nos últimos tempos. Acreditamos, todavia, que esta não é uma exceção que contradiga a regra geral, senão que responde a uma situação nacional particular.
Quem ocupa o espaço deixado pela socialdemocracia?
A crise da socialdemocracia abriu um espaço junto a uma importante parcela dos trabalhadores. Quem ocupou esse espaço, na maioria dos países, não foram as forças de esquerda com um discurso mais radical ou revolucionário e sim as forças que aparecem como oposição moderada à esquerda, dentro do regime (e em alguns casos mais à direita ainda).
Entre essas forças, o caso mais claro foi a votação de 16,28% da Europe Ecologie de Daniel Cohn Bendit na França (apenas 0,20% abaixo do Partido Socialista Francês), que tem uma postura clara de sustentação do sistema, tanto assim que chamou a defender a União Européia e a constituição rejeitada no plebiscito de 2005, e que declarou que sairia candidato a presidente desde que tivesse o apoio do Partido Socialista Francês.
Na Inglaterra, o UKIP [3], partido cuja única bandeira era a independência da Grã-Bretanha, como saída capitalista nacional em relação a UE, obteve 16%, chegando acima do Labor Party (Partido Trabalhista).
Algumas opções de esquerda que reivindicam basicamente um discurso mais reformista e semelhante ao da antiga socialdemocracia, quando a socialdemocracia de hoje abandonou as reformas, tiveram resultados por volta dos 6%. Esse foi o caso da Alemanha, onde o Die Linke, que se formou essencialmente a partir de uma ruptura do SPD (Partido Socialdemocrata Alemão) em torno à figura de Lafontaine [4], junto com um setor do ex-PC da Alemanha Oriental, conseguiu que sua votação crescesse um pouco, de 6% para 7%.
Na França, a Frente de Esquerda que unia o PCF a uma ala da socialdemocracia dissidente chegou a 6% e Izquierda Unida na Espanha, alcançou 3,7% mantendo seus 2 deputados, ainda que perdendo votos.
Os resultados da «esquerda radical»
É no marco da ofensiva brutal da burguesia mundial e européia que devem ser lidos os resultados dos vários setores da esquerda que se reivindica como «alternativa socialista» nos vários países da Europa, que expressam de forma mais ou menos representativa ou mais ou menos distorcida a resistência e a busca de alternativas por parte da classe trabalhadora européia.
No caso do NPA (Novo Partido Anticapitalista) da França (fundado a partir da dissolução da antiga LCR – Liga Comunista Revolucionária), o «carro-chefe» da política do Secretariado Unificado (SU) para a Europa, houve uma afluência importante de ativistas em sua campanha, e chegou a criar grandes expectativas eleitorais refletidas em algumas pesquisas. O resultado em si, cerca de 4,8%, não acompanhou esse projeto na dimensão esperada porque essa franja do eleitorado ainda se inclinou majoritariamente por uma candidatura bem dentro do regime, como os ecologistas de Cohn-Bendit, ou pelo voto de esquerda moderada na Frente de Esquerda dos Comunistas e Sociais democratas dissidentes. No entanto, se lermos estes resultados no contexto da ofensiva brutal do capitalismo contra a classe trabalhadora, estes 4,8% são um resultado muito significativo, representando um setor da população que adere a um discurso mais radical de saída para esta crise.
No caso de Portugal, a votação do Bloco de Esquerda (integrado também pelo SU) cresceu quase 4% face às últimas legislativas, duplicando seus votos desde as últimas européias em 2004, e chegou a 10,7% (ultrapassando por pouco o PC, que também cresceu a mais de 10%). Apesar do Bloco ter moderado o seu discurso e de ser um partido que se integra cada vez mais ao regime democrático-burguês, a sua votação expressa, também, uma busca de alternativas às políticas dos governos de ataque aos trabalhadores, assim como as mobilizações que, nos últimos anos, tem irrompido no país. Ainda que Portugal não seja exceção no quadro mais geral de vitória da direita conservadora, se tomamos esse aspecto, a votação do Bloco é um resultado superior ao das demais forças de esquerda que se apresentaram na Europa.
No caso do SYRIZA (Coalizão da Esquerda Radical) na Grécia (onde também atua o SU), a sua votação foi de 4.7%, o que representou um resultado abaixo das expectativas, mas que também expressa o descontentamento neste país com a situação de crise e de ataques aos jovens e aos trabalhadores.
Já na Grã-Bretanha, na Itália, no Estado Espanhol, na Polônia, na Suécia, na Bélgica, entre muitos outros países, os resultados dos partidos da esquerda anticapitalista ou de outros sectores da extrema-esquerda ficaram em torno de 1%. Também se destaca a baixa votação de Lutte Ouvrière na França, com apenas 1,2%, quando, nas presidenciais de 1999, em aliança com a LCR, a candidata Arlette Laguillier obteve mais de 5%.
Estes resultados mais ou menos representativos dos setores que se reclamam como alternativas anticapitalistas ou socialistas ao neoliberalismo e, às vezes ao capitalismo, expressam assim, de uma forma muitas vezes distorcida – face ao programa real destas organizações – a busca de respostas mais radicais à crise de um setor da vanguarda ou do movimento de massas, no contexto dos brutais ataques em curso por parte da burguesia européia aos trabalhadores do velho continente.
Menção a parte temos que fazer da candidatura da Iniciativa Internacionalista – Solidariedade dos Povos, no Estado Espanhol porque – apesar da campanha na mídia e institucional e as evidências de fraude contra ela – fez uma campanha contra o regime e pelas reivindicações operárias contra a crise. Obteve uma alta votação no país Basco e Navarra (entre
No entanto, fica também expressa nos resultados a falta de uma corrente européia forte com uma política revolucionária e um claro perfil de classe. Na realidade, o Secretariado Unificado da IV Internacional – que pela sua implantação a nível europeu teria mais condições para encabeçar um projeto com esse perfil – abdicou de um claro projeto de classe e revolucionário para se diluir em projetos que pretendem unir todos os que estão à esquerda da social-democracia, juntando os «reformistas honestos aos revolucionários» tentando apresentar um perfil eleitoralmente viável para conquistar esse espaço deixado pela crise profunda da socialdemocracia.
Essa política levou, nos últimos anos, a apoiar a participação em governos burgueses, com destaque para Sinistra Crítica, sua organização italiana, que, atuando como tendência da Refundação Comunista (RC), votou no Parlamento a favor do orçamento e das verbas para guerra no Afeganistão (que RC garantiu como parte da base parlamentar do governo Prodi) e, negou-se a apresentar uma alternativa à traição da RC.
É urgente uma plataforma de esquerda e os trabalhadores precisam de uma política de classe e de luta contra todos os governos burgueses e a Europa do Capital. A classe operária já demonstrou que tem um enorme potencial e que o processo de resistência para enfrentar a crise já começou, mas precisa uma alternativa de direção para se desenvolver. Uma direção que combata o sistema capitalista, que esteja centrada nas lutas e as expresse quando se apresenta nas eleições.
NT:
[1] Europa dos Nove – a CEE (Comunidade Econômica Européia), designação anterior a UE (União Européia) entrou em vigor em janeiro de 1958, com seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Em1973, três novos países entraram na CEE: o Reino Unido, a Dinamarca e a Irlanda. Nascia a «Europa dos Nove».
[2] BNP – British National Party (Partido Nacionalista Britânico de extrema-direita). Elegeu dois deputados ao Parlamento Europeu nas eleições de 07 de junho;
[3] UKIP – UK Independence Party (Partido da Independência). Também, classificado de direita por defender a suspensão da imigração em geral, conseguiu eleger 13 deputados.
[4] Oskar Lafontaine – Ex-candidato a chanceler (em 1990), ex-lider do SPD (entre 1996 e 1999) e ministro das finanças do primeiro governo de Gerhard Schröder.