Jue Mar 28, 2024
28 marzo, 2024

Feliz aniversário Carolina Garzón!



No último dia 2 de abril Carolina Garzón completou 23 anos. O jornal “O Macarenazoo”, do qual Carolina era correspondente, dedica este artigo a seu aniversário e reitera o momento atual da campanha de investigação e busca.



Carolina Garzón completa hoje mais um ano de vida, e está próxima de completar um ano como desaparecida. Seus familiares convocam uma vigília solidária para esta quinta-feira, 4 de abril, às 10:00 horas, em frente ao Consulado.



Hoje é o 23º aniversário de nossa companheira Carolina Garzón. Hoje lhe desejamos um feliz aniversário e clamamos por seu rápido regresso. Carolina não só faz aniversário este mês; também em abril poderá completar um ano desde o seu misterioso desaparecimento, o Equador, no dia 28 de abril de 2012. Este fato tem despertado a solidariedade de sua categoria, da cidadania, e de alguns organismos do Estado equatoriano e colombiano, tendo inclusive, repercussão midiática através de alguns canais e meios de comunicação. Mas, apesar dos esforços, das vigílias e da pressão em nível nacional e internacional, ainda não há pistas fortes que permitam inferir o que aconteceu à nossa companheira, estudante da Universidade Distrital e colega do jornal O Macarenazoo.

 

Há duas semanas realizou-se um especial televisivo no programa Séptimo Día de Caracol, onde foi feita uma reportagem sobre o desaparecimento de Carolina, as buscas de seus familiares para encontrá-la e as hipóteses sobre seu estranho desaparecimento por parte das autoridades equatorianas. A explicação simplista que tem dado a promotora equatoriana Elba Garzón, que conduz o caso, e que pretende fechá-lo e arquivá-lo nos próximos dias, é a de um desaparecimento acidental causado pela ação do rio Machángara, que pode ter arrastado a estudante de Licenciatura em Artes. (baseia-se no fato de que apenas uma pessoa afirma ter visto “uma figura” que, para os investigadores, pode ter sido Carolina),



Para os organismos de investigação do país vizinho não se cogita a hipótese do desaparecimento forçado, e parece que através dos meios convencionais se esforçam em reafirmar esta posição, já que no referido programa de Caracol, em nenhum momento, se tocou ou assinalou a relação de Carolina com o ativismo político, social e cultural. Não se mencionou sua participação ativa na construção e crítica da MANE – Mesa Ampla Nacional Estudantil, através do movimento UNES – Unidade Estudantil, seu acompanhamento ao MOVICE – Movimento de Vítimas de Crimes de Estado, o próprio trabalho como colaboradora de meios de comunicação alternativos como “O Macarenazoo” e “O Socialista” e, por fim, a militância ativa tanto dela como de seu pai no Partido Socialista dos Trabalhadores de Colômbia (PST). Sobre estas funções e seu ativismo nas ruas, nunca recebeu ameaça alguma; no entanto, para nós, estes são elementos que, considerando a falta de provas e argumentos sólidos que deem clareza a familiares e amigos sobre seu desaparecimento, devem ser considerados como hipótese prioritária.

 

Alix Mery Ardila, mãe de Carolina e representando todos os familiares, sempre tem expressado que se trata de um desaparecimento forçado, na contramão da vontade de sua filha; além disso, não se encaixam os fatos suspeitos nas investigações feitas pela Promotoria e demais organismos do Equador, tais como terem encontrado, dois dias após seu desaparecimento, de maneira estranha, um saco que não havia sido visto antes; uma testemunha que diz que não viu Carolina, apenas avistou de longe a figura de uma pessoa sobre uma pedra do rio; e a ausência de respostas que teve a campanha midiática que incluía uma recompensa e que foi efetivada pela Promotoria nos principais meios de comunicação do Equador.

 

Em síntese, a reportagem de Sétimo Dia, os fatos revelados no Equador e as manifestações e críticas dos familiares de Carolina sobre seu desaparecimento, revelam que, sim, claramente se trata de uma perda anormal; que ela não foi arrastada pelo rio (essa explicação não convence a ninguém); que é um caso misterioso, mas que sua explicação não está em suposições sem fundamento, em documentos da promotora que conduz o caso; e que para evitar a tergiversação e o esquecimento dos fatos é necessário sempre pressionar as autoridades e nos solidarizarmos com o clamor de sua família.

 

Com tudo isto, lhe desejamos, mesmo à distância, esperando seu breve regresso e com esperança, um muito feliz aniversário Carolina!





 

Tradução: Gleice Oliveira

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