qui mar 28, 2024
quinta-feira, março 28, 2024

II Seminário europeu de mulheres da LIT

A tarefa é avançar no estudo e na compreensão do papel da opressão das mulheres dentro do sistema capitalista.

Por: Corriente Roja

De 30 de outubro a 2 de novembro, foi realizado em Madri o II Seminário Europeu da Mulher da LIT-QI, com a participação de aproximadamente 50 pessoas, entre as quais uma delegação de 16 companheir@s de Portugal, da Itália e da Bélgica. Também participaram duas companheiras da Colômbia e do Brasil, representando o PSTU (B) e a LIT-QI. As demais vieram de diferentes regiões do Estado Espanhol.

O seminário acontece no contexto do processo de reelaboração programática no qual a LIT-QI está imersa até seu próximo congresso mundial. Seu objetivo era avançar no estudo e compreensão do papel da opressão das mulheres dentro do sistema capitalista, bem como na elaboração teórica e programática de nossos partidos para responder, de maneira revolucionária, à luta pela libertação das mulheres.

O seminário começou com uma homenagem à nossa companheira Cecília Toledo, do PSTU do Brasil, autora do importante livro O gênero nos une, a classe nos divide, falecida recentemente. Pudemos ver um vídeo sobre sua vida que reflete a enorme produção teórica e a incansável atividade política de Cilinha – como todas a conhecíamos – quase até o final de sua vida, bem como seu compromisso pessoal na luta pelos direitos da mulher trabalhadora.

Ao longo de quatro dias e meio, o seminário transcorreu com o estudo e debate de diferentes textos que abordavam temas como a relação dialética que existe entre opressão e exploração na hora de compreender a situação das mulheres trabalhadoras, o papel das demandas e reivindicações das mulheres dentro da nossa teoria e nosso programa, e a relação entre a luta das mulheres e a luta pelo socialismo. Também foram debatidos os acordos e as diferenças, tanto estratégicas como programáticas, entre o marxismo e as diferentes teorias feministas que surgiram a partir dos anos 60.

O seminário terminou com palavras de agradecimento a tod@s @s companheir@s da comissão organizadora, que tornaram possível este importante evento, e com um balanço aberto do evento no qual se explicitou que as dúvidas, as incertezas e inclusive os desacordos que possam persistir entre nós, longe de ser algo negativo, constituem o melhor  estímulo para continuar aprofundando o estudo e o debate de um tema tão crucial para nós, já que a opressão machista e a superexploração que dela deriva afetam metade de nossa classe.

Tradução: Suely Corvacho

Confira nossos outros conteúdos

Artigos mais populares