Na quarta-feira, 18, o metrô de Madri distribuiu um documento interno ordenando seus funcionários a vigiar grupos de gays.
O comunicado instrui os trabalhadores a conferir o bilhete de “homossexuais, músicos, mendigos, pedintes e vendedores”, especificando, inclusive, as estações onde, supostamente, estes grupos se encontram.
Mesmo que o porta-voz do governo de Madri e do metrô tenham condenado o acontecido depois da indignação e do protesto dos funcionários, não podemos deixar de denunciar a gravidade e o caráter homofóbico deste fato, pois o documento discriminatório partiu da direção de segurança do metrô.
Em vez de baixar o custo do transporte a preços públicos para todos os trabalhadores, as autoridades de Madrid preferem perseguir aqueles setores mais atacados e oprimidos pela crise (“pedintes”, LGBTs, imigrantes, jovens e mendigos) para cobrar multas sob um critério discriminatório e classista, atacando o conjunto dos usuários do metrô e os trabalhadores. Além disso, foram despedidos centenas de empregados do metrô, e o transporte é precário.
É desprezível que este tipo de ordem tenha espaço num serviço de transporte público, incitando a criminalização de homossexuais e bissexuais e a perseguição sistemática.
A Corriente Roja, seção espanhola da LIT-QI, chama à organização e à luta de todos os LGBTs do Estado Espanhol para combater qualquer tipo de discriminação. Este tipo de discriminação está no auge, pelo espaço que se abre em tempos de crise para a ideologia fascista. Por isso, consideramos urgente que o conjunto dos LGBTs reajam e se mobilizem ante qualquer ataque.
Por um transporte público, gratuito, de qualidade para tod@s sem exceções! Basta de agressões e de discriminação a gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais!
Fonte: Corriente Roja (seção espanhola da LIT-QI) http://www.corrienteroja.net)
