ter mar 19, 2024
terça-feira, março 19, 2024

França: a classe operária francesa mostra o caminho da luta

No último 1º de maio, muitos atos e manifestações operárias foram realizados em todo o mundo. A França certamente ocupou o lugar de maior destaque.

Por: Redação

Um grande dia de luta que deu continuidade à duríssima resistência dos trabalhadores e jovens franceses contra a reforma da idade mínima de aposentadoria (aumento de 62 para 64 anos) que o governo de Emmanuel Macron e a burguesia francesa querem impor a todo custo.

Este projeto do governo Macron iniciado há vários meses, foi firmemente rejeitado pelos trabalhadores franceses e gerou uma longa série de greves gerais e manifestações que incendiaram o país e colocaram o governo na corda bamba [1]. Esta situação fez com que Macron não pudesse aprovar o projeto de lei no Parlamento e implementá-lo por meio de um “decreto presidencial” (um mecanismo antidemocrático presente na constituição francesa) [2].

Este “decreto” foi endossado pela Suprema Corte da França. Uma amostra de que, quando se trata de defender os interesses da burguesia, todas as instituições do estado burguês se apoiam (se o Tribunal não endossasse o decreto, Macron teria que renunciar ao projeto)[3].

Neste quadro, os trabalhadores franceses ainda não desistiram porque não aceitaram a “ditame institucional” e voltaram à luta neste 1º de maio: o próprio Ministério do Interior informou que em todo o país “realizaram-se 300 manifestações convocadas por sindicatos, nas quais 782.000 pessoas participaram”. Os organizadores estimam que o número total de manifestantes ultrapassou 2.000.000. Mais uma vez, neste 1º de maio, a repressão caiu violentamente sobre o movimento social, determinado a lutar apesar de tudo. Muitas pessoas ficaram feridas e foram detidas mais uma vez.

Desta forma, a classe trabalhadora francesa continua sendo uma das referências centrais das lutas dos trabalhadores do mundo contra os ataques dos governos e da burguesia. É um exemplo a seguir.

________________________________________

[1] Veja, entre outros artigos: https://litci.org/pt/2023/03/24/a-franca-se-incendeia-cresce-a-raiva-contra-macron/

[2] Macron impuso por decreto la reforma jubilatoria: paso de 62 a 64 años – Bing video

[3]Máximo tribunal francés respalda el impopular proyecto de Macron para elevar la edad de jubilación a 64 años (cnn.com)

França: a classe operária francesa mostra o caminho da luta

No último 1º de maio, muitos atos e manifestações operárias foram realizados em todo o mundo. A França certamente ocupou o lugar de maior destaque.

Por: Redação

Um grande dia de luta que deu continuidade à duríssima resistência dos trabalhadores e jovens franceses contra a reforma da idade mínima de aposentadoria (aumento de 62 para 64 anos) que o governo de Emmanuel Macron e a burguesia francesa querem impor a todo custo.

Este projeto do governo Macron iniciado há vários meses, foi firmemente rejeitado pelos trabalhadores franceses e gerou uma longa série de greves gerais e manifestações que incendiaram o país e colocaram o governo na corda bamba [1]. Esta situação fez com que Macron não pudesse aprovar o projeto de lei no Parlamento e implementá-lo por meio de um “decreto presidencial” (um mecanismo antidemocrático presente na constituição francesa) [2].

Este “decreto” foi endossado pela Suprema Corte da França. Uma amostra de que, quando se trata de defender os interesses da burguesia, todas as instituições do estado burguês se apoiam (se o Tribunal não endossasse o decreto, Macron teria que renunciar ao projeto)[3].

Neste quadro, os trabalhadores franceses ainda não desistiram porque não aceitaram a “ditame institucional” e voltaram à luta neste 1º de maio: o próprio Ministério do Interior informou que em todo o país “realizaram-se 300 manifestações convocadas por sindicatos, nas quais 782.000 pessoas participaram”. Os organizadores estimam que o número total de manifestantes ultrapassou 2.000.000. Mais uma vez, neste 1º de maio, a repressão caiu violentamente sobre o movimento social, determinado a lutar apesar de tudo. Muitas pessoas ficaram feridas e foram detidas mais uma vez.

Desta forma, a classe trabalhadora francesa continua sendo uma das referências centrais das lutas dos trabalhadores do mundo contra os ataques dos governos e da burguesia. É um exemplo a seguir.

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[1] Veja, entre outros artigos: https://litci.org/pt/2023/03/24/a-franca-se-incendeia-cresce-a-raiva-contra-macron/

[2] Macron impuso por decreto la reforma jubilatoria: paso de 62 a 64 años – Bing video

[3]Máximo tribunal francés respalda el impopular proyecto de Macron para elevar la edad de jubilación a 64 años (cnn.com)

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